domingo, 3 de fevereiro de 2013

SÍNDROME DO ATRITO DO TRATO ILIOTIBIAL



Também conhecida como "joelho de corredor", a Síndrome do Atrito do Trato Iliotibial é uma lesão inflamatória aguda observada em corredores de média e longa distância e em ciclistas.
É considerada uma lesão de "overuse" (excesso de atividades), associada ao tempo (duração) e velocidade das atividades realizadas, que se manifesta como uma dor na face lateral do joelho devido à compressão do TIT sobre o côndilo femoral, pois com os movimentos repetidos do joelho, a bursa entre o côndilo femoral lateral e o TIT pode tornar-se irritada e inflamada. Em alguns casos, a dor pode ser referida no quadril na altura do trocânter maior.

A dor manifesta-se durante o treino, tornando-se presente, no decorrer do tempo, nas atividades diárias, como subir e descer escadas. Caso não seja tratada, a dor pode levar os atletas a parar a atividade esportiva. Os sintomas geralmente aumentam quando se corre em descidas.

A fricção da banda iliotibial ocorre predominantemente no contato do pé com o solo, na fase de desaceleração da marcha, devido a isso é uma lesão muito comum em corredores, entretanto também tem sido encontrada em ciclistas. Corridas em regiões com muito desnível de terreno também facilitam o aparecimento da dor.
As causas devem-se aos fatores anatômicos, ao tipo de pisada, aos erros de treinamento, à fraqueza de determinados grupos musculares, e à corrida em terrenos irregulares e declives. Tais fatores quando associados ao encurtamento da banda iliotibial, ao desalinhamento do joelho, à rotação da tíbia ou às alterações no tipo de pisada podem levar a processos inflamatórios e conseqüente afastamento do esporte. 
O diagnóstico pode ser auxiliado por exames de imagem como Ultra-som e Ressonância magnética.
As lesões podem ser prevenidas com alongamentos da região lateral da coxa e dos glúteos.

Para o tratamento é necessário repouso, correção do treinamento,uso de palmilhas corretivas, reforço muscular e uso de medicação antiinflamatória.
A fisioterapia nessas lesões é importante. Na fase aguda, a fisioterapia terá a função de promover a analgesia e a diminuição da inflamação, podendo ou não ser associada ao uso de medicamentos de acordo com a prescrição do ortopedista. Quando diminuir a dor, ocorre a diminuição do atrito na banda ilitibial por meio de alongamento e estabilização da articulação.
Alongamento e fortalecimento são as bases do tratamento conservador. Para o alívio local pode-se utilizar braces (imobilizadores tipo cintas). Outras técnicas como KinesioTaping, Mobilização Fascial e Muscular, Reeducação Postural Global, GDS e Acupuntura, tem se mostrado muito eficientes no tratamento dessa síndrome.
Os tratamentos, tais como ultra-som, massagem de fricção e gelo podem ser usados para melhorar a inflamação aguda.
A cirurgia consiste em remover a bursa e liberar e alongar o TIT apenas o suficiente para que o atrito seja reduzido quando o joelho é movimentado e alongado, porém raramente é necessária para corrigir problemas no TIT. A cirurgia é indicada para casos refratários ao tratamento clínico.
  





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