Refere-se à separação de um membro ou estrutura do
restante do corpo. A amputação é a perda de uma parte do “EU”, em que a imagem
corporal fica comprometida e profundamente alterada. Esta alteração produz uma
desvantagem física permanente, provocando muitas vezes alterações das
necessidades fisiológicas, psicológicas e sociais.
Pode ser causada por diversos tipos de acidentes.
Entre os mais comuns estão os com objetos cortantes, os acidentes de trânsito,
a violência, o choque e o esmagamento.
Em alguns casos
ocorrem em caráter de emergência, em conseqüência da infecção com ou sem
isquemia, mas em alguns pacientes também é devida ao fracasso do tratamento
clínico ou cirúrgico.
Mais de 50% de todas
as amputações não traumáticas das extremidades inferiores ocorrem em pacientes
diabéticos.
A causa mais comum das
amputações parciais dos pés dos pacientes com diabetes mellitus é a infecção.
Na maioria dos casos, o fator etiológico desencadeante é uma proeminência óssea
normal combinada com neuropatia sensorial e calçados inadequados. A infecção
instala-se depois da penetração da úlcera por toda a espessura da pele,
chegando ao osso e as articulações do pé. A amputação ou a desarticulação deve
ser considerada como primeira etapa importante para a recuperação da qualidade
de vida do paciente a um nível aceitável.
Para conseguir bons
resultados a amputação ou desarticulação bem planejada conserva todos os tecidos.
No entanto como pré-requisito básico, a amputação deve ser realizada num segmento
proximal aos tecidos gangrenados ou numa parte do corpo lesada
irreversivelmente, evidenciando-se esforços específicos para salvar o
comprimento máximo e melhorar a função deambulatória.
Existem duas vantagens
importantes com as amputações parciais do pé, em comparação com as amputações
transtibial e em níveis mais altos. Estas vantagens são a preservação da
extremidade de sustentação do peso ao longo das vias proprioceptivas normais,
que é facilmente dissimulada por uma órtese ou prótese parcial, ou simplesmente
pelo uso de um calçado modificado. Estes dispositivos podem recuperar a função
da marcha com sustentação praticamente normal, apesar da perda de comprimento
da alavanca da parte anterior do pé e da musculatura associada.
DESARTICULAÇÕES DOS DEDOS DOS PÉS
* Interfalangeana:
É decorrente de processos traumáticos e vasculares.
Não provoca alterações de equilíbrio e deambulação.
No hálux deixa-se a falange proximal.
* Metatarsofalangeana
Provoca poucas alterações na marcha (impulsão,
desvsio dos dedos).
Quando ocorre nos artelhos há sobrecarga nos
metatarsos (ulcerações).
A
deformidade do halux valgo (joanete), é provável depois deste procedimento.
Refere-se
à desarticulação entre os metatarsos com o cubóide e o cuneiforme.
Resulta na perda
significativa do comprimento da parte anterior do pé; portanto, é importante a
reinserção dos dorsiflexores.
Para recuperar a
função da marcha no final da fase ativa, é necessário acrescentar uma prótese
ou órtese de tornozelo fixa muito bem adaptada que em seguida , é introduzida
no calçado com solado basculante rígido.
Esta
desarticulação é realizada nas articulações talonavicular e calcaneocubóide,
deixando apenas a parte posterior do pé (talo e calcâneo). Este procedimento
pode ser usado apenas ocasionalmente nos pacientes com infecções do pé
diabético, em virtude da sua proximidade da almofada do calcanhar. Como não há
inserções musculares no talo, toda função de dorsiflexão ativa é perdida por
ocasião da desarticulação.
DESARTICULAÇÃO MESOTÁRSICA (CHOPART)
Embora esta desarticulação permita a sustentação
direta do peso na extremidade.
O paciente amputado pode ter pouca dificuldade de
andar sem uma prótese.
É
a desarticulação da articulação do tornozelo, com preservação de um retalho do
calcanhar, para permitir a sustentação de peso na extremidade do coto.
Refere-se
à secção nas porções distais da tíbia e fíbula.
Sua
indicação principal é a impossibilidade de salvar um nível funcional mais
distal do pé infectado ou traumatizado com artéria tibial posterior (fonte
principal da irrigação sangüínea do calcanhar) normal.
Como
a desarticulação do tornozelo de Syme preserva a sustentação da almofada do
calcanhar ao longo das vias proprioceptivas normais, é necessário treinamento
mínimo para andar com a prótese.
Este
nível também poupa mais energia do que o nível transtibial.
Refere-se à desarticulação entre a tíbia e o calcâneo.
Há menor discrepância dos membros.
DESARTICULAÇÃO
DE BOYD
Similar a de Pirigoff, refere-se à um corte horizontal do calcâneo.
AMPUTAÇÃO
TRANSTIBIAL
Pode ocorrer no
terço médio, proximal ou distal.
Tem tendência a
deformidades.
Há preservação do
tendão.
Uma prótese
transtibial moderna bem adaptada pode proporcionar um grau surpreendente de
função, desde que seja assegurado conforto adequado. Um pé com resposta
dinâmica possibilita boa absorção dos choques com o contato do calcanhar, além
de oferecer uma sensação de propulsão na fase estática final.
Sempre
que não for possível salvar a articulação do joelho, a desarticulação deste
nível deve ser cuidadosamente considerada como melhor nível disponível, em vez
da amputação transfemoral.
Este
procedimento é mais simples e menos chocante , com perda mínima de sangue, com
preservação da patela e recuperação pós operatória rápida, tendo em vista que quase
nenhum músculo é cortado.
Mesmo
que o paciente esteja irreversivelmente acamado e limitado à cadeira , existem
vantagens sobre o nível transfemoral, incluindo-se a maior mobilidade no leito
devido à conservação da capacidade de virar-se e flexionar, além do equilíbrio
maior na posição sentada e a transferência mais fácil entre varias superfícies
para sentar.
Gera
desequilíbrios musculares, já que ocorre secção de músculos adutores e da
integridade do glúteo médio, além do encurtamento do iliopsoas.
Depois
da amputação transfemoral, apenas cerca de 25% dos pacientes conseguem usar
adequadamente uma prótese, porque o excesso de consumo energético é de 65% ou
mais, muito além do que muitos pacientes podem gerar sem riscos, devido à
doença cardiovascular. Contudo, se a amputação transfemoral for inevitável,
deve-se salvar todo o comprimento que for possível cobrir
com músculo e pele, visando reduzir este gasto energético excessivo e
possibilitar uma marcha mais equilibrada.
DESARTICULAÇÃO DO QUADRIL E SACROILÍACA
Refere-se à retirada da cabeça femural.
Não há presença de coto ósseo.
Ocorre uma hemipelvectomia.
DESARTICULAÇÃO ESCAPULAR
Geralmente é decorrente de tumores.
DESARTICULAÇÃO DO BRAÇO
Ocorre a retirada do úmero.
Em amputações parciais do braço deve ser
no mínimo a 12cm.
DESARTICULAÇÃO DO COTOVELO
DESARTICULAÇÃO DO ANTEBRAÇO
DESARTICULAÇÃORADIOCÁRPICA OU DO PUNHO
Preserva a prono-supinação.
AMPUTAÇÕES TRANSCARPAIS
Difícil colocação da mão.
AMPUTAÇÕES TRANSMETACARPIANA OU CARPOMETACÁRPICA
Sem uso funcional.
AMPUTAÇÕES INTERFALANGEANAS
Deixa-se o máximo.
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