terça-feira, 16 de abril de 2013

EPICONDILITE LATERAL



DEFINIÇÃO

Também conhecida como “Cotovelo de tenista”, a Epicondilite Lateral é uma síndrome dolorosa localizada na região do epicôndilo lateral, local de origem do supinador do antebraço, extensores do punho e dos dedos. 

Apesar do termo “epicondilite”, estudos revelam que a patologia não se trata de uma tendinite e sim de uma tendinose, pois há predomínio de um processo degenerativo, e não inflamatório.

INCIDÊNCIA

- Jovens, atletas que praticam intensamente atividades como tênis, squash, paddle e golfe, no qual o sobre-uso é o fator preponderante: 5% dos pacientes Destes, entre 10 e 50% apresentarão, em algum momento, um quadro de epicondilite. 

 - Trabalhadores que exercem atividades de repetição ou esforços intensos isolados: 95% dos pacientes e é representado por pessoas entre 35 e 55 anos, nas quais o início dos sintomas é relativamente insidioso. 
- Ocorre igualmente entre os sexos, sendo mais freqüente em brancos.

FISIOPATOLOGIA

A condição patológica envolve a origem do extensor radial curto do carpo e, em menor grau, a porção ântero-medial do extensor comum dos dedos. A lesão seria resultado da aplicação de tração contínua por repetição, resultando em microrrupturas da origem do extensor radial curto do carpo seguidas de fibrose e formação de tecido de granulação.

Macroscopicamente, o tecido apresenta-se com aspecto friável, brilhante e edematoso.

Microscopicamente mostra interrupção do tendão normal com invasão local de fibroblastos e tecido vascular anormal em desenvolvimento 

SINTOMAS 

Os sintomas ocorrem geralmente em adultos de meia idade que apresentam uma boa potência muscular. 

Como o local de fixação do músculo e dos tendões no osso do cotovelo se dá em uma área pequena, ela não recebe um suprimento sanguíneo suficiente. Assim ocorrem degeneração e desgaste das fibras, quando submetidas a um esforço físico exagerado.

O paciente refere dor sobre o epicôndilo lateral, que se irradia ao longo dos músculos extensores. Pode localizar-se posteriormente ao epicôndilo. No grupo de atletas, a dor tem geralmente início repentino e de rápida evolução. Agrava-se por pequenos movimentos do cotovelo e pode mesmo impedir a realização de atividades diárias comuns.

DIAGNÓSTICO

- Anamnese.
- Exame físico: dor localizada à palpação na origem dos extensores.
- Testes:


  • Teste de Cozen: reproduz a dor experimentada pelo paciente que, ao realizar a extensão do punho contra a resistência e com o cotovelo em 90° de flexão e o antebraço em pronação, refere dor no epicôndilo lateral. 

  • Teste de Mill: é realizado com o paciente com a mão fechada, o punho em dorsiflexão e o cotovelo em extensão. O examinador, então, forçará o punho em flexão e o paciente é orientado para resistir ao movimento, provocando dor no epicôndilo lateral.

  • “Teste da cadeira”: o paciente é instruído a erguer uma cadeira com uma mão com o antebraço em pronação e o punho em flexão palmar. A presença de forte dor no epicôndilo lateral indicaria epicondilite.

  • "Teste da xícara de café": dor no epicôndilo lateral ao levantar uma xícara de café cheia seria patognomônico de epicondilite lateral.

  • Teste de Maudsley”: a dor pode ser despertada pela extensão do dedo médio contra resistência.



TRATAMENTO

- O tratamento conservador é a escolha inicial e baseia-se em quatro pontos principais: repouso relativo, fisioterapia, exercícios caseiros e medicação.

- Em casos de crises de dor, pode-se imobilizar o cotovelo e o punho. Lembrando que a imobilização com tala gessada aumenta a atrofia dos tecidos e não trata a causa da doença. 

- Fisioterapia: As modalidades analgésicas são realizadas e posteriormente se iniciam os exercícios de estiramento passivo da musculatura extensora. Exercícios ativos do punho são instituídos após a total eliminação da dor, inicialmente sem peso e em seguida com pesos de 0,5 a 1kg.

- Cirurgia: é indicada após um período de seis a oito meses de tratamento conservador sem melhora, ou nos casos de recidivas. Ela consiste em fazer uma "limpeza" do tendão desgastado e ao mesmo tempo gerar um estímulo para que o tendão cicatrize de maneira mais resistente. Esse procedimento pode ser feito através de artroscopia (cirurgia por vídeo) com resultados semelhantes aos de cirurgia aberta, tendo a vantagem de necessitar um período menor de imobilização após a cirurgia e um retorno mais rápido às atividades físicas e profissionais.

As informações aqui citadas foram baseadas nos links:





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