As tenossinovites são freqüentes nas mãos e nos punhos, podendo apresentar
diversas causas: idiopática, artrite reumatóide, artrite psoriática, doença de
Reiter, hemocromatose, ocronose; doenças congênitas, xantomatoses;
beta-hiperlipoproteinemia familiar; sarcoidose, síndrome parancoplásica;
mixedema (hipotitoidismo); tumor de células gigantes; tenossinovite pigmentada
vilonodular; infecções (gonococos, micobactérias, esporotricose); trauma direto
e cristais.
TENOSSINOVITE DE DE QUERVAIN
TENOSSINOVITE DE DE QUERVAIN
Etiologia
Resulta da fricção repetitiva
entre os tendões do abdutor longo e do extensor curto do polegar com suas bainhas
tenossinoviais, decorrentes do excesso de movimentos do punho, tanto em desvio
ulnar e radial como em flexão e extensão. Ocorre espessamento da bainha
tendinosa dos músculos envolvidos, resultando em estenose e edema local. É a
tendinite de punho mais freqüente em atletas e pode ocorrer com freqüência em
atividades ocupacionais repetitivas, bem como na artrite reumatóide, artrite
psoriática (e outras doenças inflamatórias sinoviais), trauma agudo e ocorrer
na gravidez e no período pós-parto.
Quadro clínico
Os pacientes se queixam de dor em
região próxima ao processo estilóide radial as manobras de pinçamento e a
movimentos do punho. A presença do sinal de Finkelstein e clássica (desvio
ulnar do punho com polegar flexionado reproduzindo a dor).
Tratamento
Tratamento
O tratamento depende do estágio da
doença. Casos agudos respondem bem ao repouso através do uso de órteses
associados à infiltração local de corticosteróides. Nos casos recorrentes pode
se proceder a uma segunda ou terceira infiltração. Na ausência de melhora ou em
lesões em estágios avançados, com presença de fibrose local, geralmente, são
tratados cirurgicamente. O tratamento cirúrgico consiste na liberação do tendão
através de incisão em sua bainha estenosante.
TENOSSINOVITE DIGITAL ESTENOSANTE
Etiologia
Também conhecida como "dedo em gatilho", é a lesão do esforço
repetitivo mais comum da mão e se caracteriza por inflamação da bainha tendínea
dos flexores dos dedos, particularmente do polegar, do terceiro e quarto
dígitos (em ordem decrescente), e que resulta em fibrose e constrição
localizada na primeira polia anelar, próxima à articulação metacarpofalangeana.
Um nódulo tendíneo pode desenvolver-se no local da estenose.
Suas causas mais comuns são:
atividades repetitivas que exijam força de preensão, diabetes, amiloidose,
hipotiroidismo, sarcoidose, artrite reumatóide e psoriática, tenossinovite
vilonodular pigmentada e infecções. Atletas podem evoluir com inflamação aguda
e dedo em gatilho resultante da pressão direta de raquetes ou bastões sobre
estes tendões.
Quadro clínico
Dor na face flexora dos dedos associada
a um bloqueio do dedo em flexão, que pode ser revertida, na maioria das vezes,
por uma extensão passiva.
Tratamento
Repouso através do emprego de
órteses, medicações antiinflamatórias e infiltração local. Nos casos
refratários é indicada a liberação cirúrgica da primeira polia.
CONTRATURA DE DUPUYTREN
É caracterizada por espessamento
nodular e posterior contração da fáscia palmar, ocasionando flexão do dedo na
articulação metacarpofalangeana. Os dígitos mais afetados são, em ordem
decrescente, quarto, quinto, terceiro e segundo quirodáctilos. Nódulos
fibróticos na fáscia palmar são as anormalidades mais precoces.
A doença de Dupuytren tem
predisposição familiar, sugerindo dominância autossômica e tem sido observado
em associação com epilepsia, alcoolismo, diabetes, algoneurodistrofia, doença
pulmonar crônica, fasciite nodular poplítea, fibromatose plantar e com a doença
de Peyronie.
OUTRAS TENDINITES DOS PUNHOS E MÃOS
- Tendinite do músculo extensor ulnar do carpo: É observada
freqüentemente em jogos esportivos de raquete que requerem movimento de
repetição do punho. Clinicamente, os atletas apresentam sensibilidade e dor ao
longo do sexto compartimento dorsal.
- Tendinite do flexor radial do carpo: Relacionado ao excesso
de movimentação do punho observado em jogadores de raquete e golfistas ou
secundária a processos inflamatórios da articulação trapézio-escafóide. Clinicamente
há sensibilidade na inserção deste tendão associado a dor em seu trajeto
durante a flexão do punho contra-resistência.
- Lesões do flexor ulnar do carpo: Também observada com freqüência em jogadores de raquete. Geralmente o atleta reclama de dor na porção ulnar do punho e apresenta sensibilidade ao longo do trajeto do flexor ulnar do carpo.
Como as demais tendinites, estas respondem bem inicialmente ao repouso com órteses, emprego de antiinflamatórios não hormonais ou injeções locais de corticosteróides. Os casos refratários podem ser tratados cirurgicamente.
- Lesões do flexor ulnar do carpo: Também observada com freqüência em jogadores de raquete. Geralmente o atleta reclama de dor na porção ulnar do punho e apresenta sensibilidade ao longo do trajeto do flexor ulnar do carpo.
Como as demais tendinites, estas respondem bem inicialmente ao repouso com órteses, emprego de antiinflamatórios não hormonais ou injeções locais de corticosteróides. Os casos refratários podem ser tratados cirurgicamente.
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