quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

DIRETRIZ DA ATENÇÃO BÁSICA


No Brasil, o termo ATENÇÃO BÁSICA significa o primeiro nível de atenção à saúde e sustenta-se no princípio da integralidade.

É incorporada pela ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
 
A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social.

A atenção básica presenta 12 características:

 

·         GERAL: não é restrita a faixas etárias ou tipos de problemas ou condições – universalidade;

·         Acessível: em relação ao tempo, lugar, financiamento e cultura;

·         Integrada: curativa, reabilitador, promotora de saúde e preventiva de enfermidades;

·         Continuada: longitudinalidade o longo de períodos substâncias da vida

·         Equipe: o médico é parte de um grupo multidisciplinar

·         Holística: perspectivas físicas, psicológicas e sociais dos indivíduos, das famílias e das comunidades.

·         Pessoal: atenção centrada na pessoa e não na enfermidade;

·         Orientada para a família: problemas compreendidos no contexto familiar e de rede social;

·         Orientada para a comunidade: contextos de vida na comunidade local; consciência de necessidades de saúde na comunidade; colaboração com outros setores para desencadear mudanças positivas de saúde – intersetorialidade;

·         Coordenada: coordenação de toda a orientação e apoio que a pessoa recebe

·         Confidencial

·         Defensora: defensora do paciente em questões de saúde sempre e em relação a todos os outros provedores de atenção.

 A Atenção Básica tem como fundamentos:

I - possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos;

II - efetivar a integralidade das ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação, trabalho de forma interdisciplinar e em equipe, e coordenação do cuidado na rede de serviços;

III - desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população;

IV - valorizar os profissionais de saúde por meio de sua formação e capacitação;

V - realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resultados alcançados, como parte do processo de planejamento e programação; e

VI - estimular a participação popular e o controle social.

GESTÃO


Ao DAB cabe, ainda, desenvolver mecanismos de controle e avaliação, prestar cooperação técnica a estas instâncias de gestão na implementação e organização da estratégia Saúde da Família e ações de atendimento básico.

SAÚDE DA FAMÍLIA

A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde (UBS). Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e na manutenção da saúde desta comunidade.

EQUIPES DE SAÚDE

O trabalho de equipes da Saúde da Família (ESF) é o elemento-chave para a busca permanente de comunicação e troca de experiências e conhecimentos entre os integrantes da equipe e desses com o saber popular do Agente Comunitário de Saúde.

As equipes são compostas, no mínimo, por 1médico de família, 1 enfermeiro, 1 auxiliar de enfermagem e 6 agentes comunitários de saúde. Quando ampliada, conta ainda com: 1 dentista, 1 auxiliar de consultório dentário e 1 técnico em higiene dental.

Cada equipe se responsabiliza pelo acompanhamento de, no máximo, 4 mil habitantes, sendo a média recomendada de 3 mil habitantes de uma determinada área.

A atuação das equipes ocorre principalmente nas UBS, nas residências e na mobilização da comunidade, caracterizando-se: como porta de entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado de saúde; por ter território definido, com uma população delimitada, sob a sua responsabilidade; por intervir sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está exposta; por prestar assistência integral, permanente e de qualidade; por realizar atividades de educação e promoção da saúde.

AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE

O Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) é hoje considerado parte da Saúde da Família (SF).

Nos municípios onde há somente o PACS, este pode ser considerado um programa de transição para a SF.

No PACS, as ações dos ACS são acompanhadas e orientadas por um enfermeiro/supervisor lotado em uma UBS.

DESAFIOS INSTITUCIONAIS

- Expansão e estruturação de uma rede unidades básicas de saúde que permitam a atuação das equipes na proposta da saúde da família;

- Contínua revisão dos processos de trabalho das ESF;

- Elaboração de protocolos assistenciais integrados dirigidos aos problemas mais freqüentes do estado de saúde da população;

- Ações que visem o fortalecimento das estruturas gerenciais nos municípios e estados com vistas a: programação da atenção básica, supervisão das equipes, supervisão dos municípios, supervisão regional, uso das informações para a tomada de decisão;

- Revisão dos processos de formação. educação em saúde com ênfase na educação permanente das equipes, coordenações e gestores;

- Definição de mecanismos de financiamento que contribuam para a redução das desigualdades regionais e para uma melhor proporcionalidade entre os três níveis de atenção.

RESPONSABILIDADES DAS ESFERAS GESTORAS EM ATENÇÃO BÁSICA
Federal
- Elaborar as diretrizes da política nacional de atenção básica;

- Co-financiar o sistema de atenção básica;

- Ordenar a formação de recursos humanos;

- Propor mecanismos para a programação, controle, regulação e avaliação da atenção básica;

- Manter as bases de dados nacionais.

Estadual

- Acompanhar a implantação e execução das ações de atenção básica em seu território;

- Regular as relações inter-municipais;

- Coordenar a execução das políticas de qualificação de recursos humanos em seu território;

- Co-financiar as ações de atenção básica;

- Auxiliar na execução das estratégias de avaliação da atenção básica em seu território.

Municipal

- Definir e implantar o modelo de atenção básica em seu território;

- Contratualizar o trabalho em atenção básica;

- Manter a rede de unidades básicas de saúde em funcionamento (gestão e gerência);

- Co-financiar as ações de atenção básica;

- Alimentar os sistemas de informação;

- Avaliar o desempenho das equipes de atenção básica sob sua supervisão.
 
As informações aqui postadas foram retiradas do seguinte site:
 

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