segunda-feira, 9 de junho de 2014

DEDO EM MARTELO

DEFINIÇÃO
Consiste numa deformidade do dedo ocasionada por deficiência na transmissão da força da musculatura extensora, seja por um afrouxamento ou ruptura do tendão, ou por uma fratura onde este tendão se insere, de forma que a articulação final ou distal do dedo se flexiona e não se estende por si.
CAUSAS
O rompimento do tendão extensor do dedo geralmente ocorre quando o tendão que puxa a ponta do dedo o faz em um sentido, e a força na ponta do dedo empurra em sentido oposto.
SINTOMAS
Dor e edema na ponta do dedo, ocasionalmente hematoma abaixo da unha.

DIAGNÓSTICO
Exame físico e Radiografia.
TRATAMENTO
Não cirúrgico
- O gelo deve ser aplicado imediatamente e a mão deve estar acima do nível do coração.
- Uso de tala para segurar a ponta do dedo em extensão. Na maioria das vezes, será usada em tempo integral, durante oito semanas. Embora o dedo normalmente recupere uma função aceitável, muitos pacientes podem não recuperar a extensão total do dedo com o tratamento não operatório.

Embora o tratamento conservador com talas de imobilização seja bem sucedido em certos casos, muitos cirurgiões acham que a cirurgia deve ser considerada se um terço ou mais da face articular da falange distal estiver envolvida ou se houver subluxação da articulação IFD.
 Tratamento Cirúrgico
- Considerada quando os ferimentos do dedo em martelo também mostram sinais de um grande fragmento ósseo  ou um desalinhamento articular.
- A cirurgia é feita para reparar a fratura com pinos, pinos e arame, parafusos.

 
- Nas fraturas sem fragmentos ósseos a cirurgia geralmente é reservada para pacientes com deformidade mais grave ou que não podem usar o dedo corretamente.
- Nos casos crônicos o tratamento cirúrgico do tendão danificado pode reparar o tecido do tendão  utilizando enxerto de tendão, rececção tecidual ou mesmo a fusão óssea.
O objetivo do tratamento é conduzir uma cicatrização que seja funcional, indolor, definitiva e, ao mesmo tempo, mantenha uma boa estética.
 
Referências:
Saiba mais:
Lesões tendinosas da mão.
<http://www.amrigs.com.br/revista/55-02/022-PG_197-201_537_lesoes%20tendinosas.pdf>

quinta-feira, 5 de junho de 2014

DOENÇA DE PAGET

O que é?

Também conhecida como Osteíte Deformante, refere-se a uma condição patológica não inflamatória caracterizada pelo aumento da remodelação óssea de forma irregular e desorganizada.

Descrita em 1876 por Sir James Paget, essa enfermidade crônica caracteriza-se pela hipertrofia dos ossos, deformidades e dores locais.

Características:

É considerada a segunda doença osteometabólica mais comum, atrás apenas da osteoporose.

Na maioria dos casos é assintomática.

É rara em pacientes com idade inferior a 40 anos e aumenta progressivamente conforme o paciente envelhece.
 

É um pouco mais comum nos homens.

Alguns autores observaram, ainda, que há tendência em se localizar nos membros dominantes e em áreas sujeitas a sobrecarga mecânica.

Os ossos mais comumente afetados são a pelve, vértebras, fêmur, crânio, tíbia e úmero.

Etiologia:

Possui etiologia desconhecida, porém há relatos de que fatores genéticos e fatores virais desempenham papel importante na fisiopatologia.

Fisiopatologia:

Na sua fisiopatologia, inicialmente ocorre a osteólise, devido à hiperatividade do osteoclasto. Em seguida, há recrutamento de osteoblastos e produção de osso lamelar de forma desordenada, com aparência de mosaico. O osso reabsorvido é substituído por tecido fibroso com aumento acentuado de vascularização.

Diagnóstico:

O diagnóstico é realizado através de exames complementares como radiologia simples ou elevação de fosfastase alcalina sérica (FAS).

Dependendo do estágio da doença os achados radiográficos serão diferentes, pois na fase inicial ou de reabsorção, as lesões são tipicamente radiolúcidas com aparência similar à osteoporose. Já em estágios posteriores exibem uma clássica aparência de áreas radiopacas generalizadas, descritas como “flocos de algodão”, como resultado de excessiva deposição óssea.

Quadro clínico:

O paciente mais típico é o idoso com queixas de dor óssea e com FAS associada a quadro de dor musculoesquelética.

O crânio é um dos principais sítios acometidos pela doença de Paget. Os pacientes podem se queixar de cefaleia debilitante. Pode haver paralisia de nervos cranianos levando à paralisia facial, neuralgia trigeminal e perda auditiva neurossensorial. Também pode ocorrer hidrocefalia, sendo necessária ou não intervenção neurocirúrgica.
 

A perda auditiva na doença de Paget é relativamente comum em pacientes com acometimento do osso temporal. A perda auditiva não é reversível, mas se estabiliza com o tratamento medicamentoso.

As complicações ortopédicas envolvem comumente os ossos longos, particularmente, os que suportam carga.
 

A doença de Paget pode causar insuficiência cardíaca de alto débito devido ao alto fluxo sanguíneo ósseo que ocorre com acometimento esquelético extenso.

Tratamento:

Não há tratamento específico para a doença. Algumas medidas sintomáticas são adotadas como forma paliativa no controle da dor, como a administração de analgésicos e antiinflamatórios não esteroidais. Uma alternativa proservativa seria diminuir a remodelação óssea através de bifosfanatos, que são potentes inibidores da proliferação, e atividade dos osteoclastos, além de induzirem apoptose destes.

 
Referências:

Doença de Paget do osso.
 
DOENÇA DE PAGET: RELATO DE CASOS EM RELAÇÃO AO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL.