terça-feira, 6 de agosto de 2013

LESÕES DE TORNOZELOS E PÉS



TENDINITE AQUILEANA

É a afecção mais freqüente nos tornozelos. Sua causa é multifatorial e em geral está associada a uma combinação de fatores intrínsecos e extrínsecos.
O tendão de Aquiles é o tendão mais forte do corpo humano. A maioria de suas lesões ocorrem durante atividades esportivas. A tendinopatia aquiliana é decorrente de microtraumas de repetição por sobrecarga de solicitação do tendão e clinicamente se apresenta com dor e edema no local, dificultando a realização de atividades extenuantes por parte do paciente. 
Diagnóstico
Geralmente é realizado por ultra-sonografia e ou ressonância magnética.
Tratamento
Conservador. O cirúrgico é reservado naqueles casos em que o tratamento clínico não foi satisfatório.
A ruptura completa do tendão de Aquiles geralmente ocorre em atletas saltadores ou corredores, durante sua atividade esportiva. Embora existam estudos histopatológicos demonstrando alterações degenerativas prévias ao rompimento do tendão de Aquiles, a maioria destas rupturas ocorrem subitamente e em indivíduos sem queixas anteriores. Indicam-se o tratamento cirúrgico para esta condição quando ela incide em indivíduos jovens e fisicamente ativos ou quando há demora no diagnóstico e na instituição do tratamento. Em indivíduos mais velhos e sedentários os resultados do tratamento conservados são satisfatórios.

FASCITE PLANTAR

É a causa mais freqüente de dor plantar. A fascite plantar ocasiona dor na região plantar, geralmente mecânica e, muitas vezes, ela se inicia pela manhã, quando o paciente acorda realiza seus primeiros passos. 

Está freqüentemente associada a indivíduos que percorrem a pé longas distâncias ou que se exercitam em superfícies irregulares ou utilizam calçados inadequados.

Exame Clínico

Pode encontrar-se espessamento da fáscia plantar e uma sensibilidade exacerbada à palpação do tubérculo calcaneal medial.

Diagnóstico

Pode ser confirmado pela ultra-sonografia ou pela ressonância magnética, demonstrando um espessamento da fáscia plantar associado ou não a edema.

Tratamento

Conservador. São prescritas palmilhas para amaciar o choque da superfície plantar com o terreno. O alívio da dor e do processo inflamatório com a utilização de antiinflamatórios e/ou infiltrações locais de corticosteróides também é efetiva.


TENDINITES E BURSITES DO JOELHO



BURSITES

- Bursite pré-patelar: pode ser uma condição crônica, secundária a determinadas atividades profissionais como as de atividade doméstica, nas quais o hábito de manter-se agachado apoiado sobre ambos os joelhos é freqüente. Geralmente ocorre por traumas ou microtraumas locais.
 - Bursite suprapatelar: surge na vigência de condições que afetam a articulação do joelho, já que esta bursa apresenta comunicação com a cápsula articular. 
Geralmente sua evolução clínica acompanha o da patologia intra-articular, desaparecendo na resolução ou controle desta.
O cisto de Baker ocorre por um aumento do volume das bursas do semimembranoso e dos gastrocnêmicos, e reflete patologia interna do joelho. Geralmente o paciente sente dor, às vezes, em peso na região posterior do joelho. Os cistos de grande volume podem romper e, por vezes, até simularem um quadro semelhante a trombose venosa profunda. Geralmente a correção ou o controle do processo articular do joelho promove o desaparecimento ou a diminuição do cisto de Baker. Eventualmente há a necessidade do emprego de antiinflamatórios ou infiltrações locais com corticóide. Raramente existe indicação de excisão cirúrgica.
TENDINITES

- Tendinites anteriores do joelho: ocorrem em conseqüência de traumas repetitivos em joelhos mal-alinhados. O trauma pode ser agudo, mas geralmente é resultado da sobrecarga de solicitação de movimentos. Contribuem para o aparecimento destas tendinites: erros de treinamentos (treinamentos em superfícies irregulares, excesso de exercícios precocemente), desalinhamento do quadril pela incongruência dos membros inferiores, desalinhamento dos mecanismos de extensão do joelho, deficiências de condicionamento físico e de flexibilidade, uso de sapatos inadequados.
- Bursite e tendinite anserina: O paciente apresenta dor em região medial do joelho, dificultando sua deambulação. O relato de dor e dificuldade de dormir com um joelho próximo ao outro são queixas muito freqüentes. Observadas em mulheres acima dos 40 anos, obesas e, geralmente, encontra-se associada a processo degenerativo do compartimento medial do joelho. O tratamento destas tendinites consiste em identificar e afastar os fatores predisponentes destas lesões, orientando treinamentos físicos, recomendando calçados adequados, corrigindo deformidades do pé e evitando superfícies irregulares. A diminuição da carga, se necessário, pode ser obtida através do uso de bengalas. O emprego de antiinflamatórios e meios de contraste entre calor e gelado são benéficos. Deve-se instituir um programa de fortalecimento da musculatura extensora e alongamento da flexora do joelho.

- Síndrome do trato ileotibial:
é freqüentemente causada pelo excesso de solicitação de movimentação do joelho, ocorrendo principalmente em atletas corredores ou ciclistas. Ela se desenvolve em conseqüência ao atrito repetitivo entre o trato ileotibial e o côndilo femoral lateral durante a flexão e a extensão do joelho, resultando em um processo inflamatório local. Clinicamente o paciente apresenta sensibilidade no côndilo lateral do joelho e dor ao se comprimir o trato ileotibial durante flexão do joelho a 30 graus. Pode estar associada a bursite trocantérica, e o teste de Ober positivo. O diagnóstico pode ser confirmado por ultra-sonografia e ressonância magnética. O tratamento geralmente é baseado no alongamento do trato ileotibial e no fortalecimento da musculatura do glúteo médio. Nos casos refratários deve proceder-se a ressecção da metade posterior do trato ileotibial próximo a área do côndilo femoral lateral.

Diagnóstico diferencial
Artropatias inflamatórias, infecciosas, por deposição de cristal e degenerativas fazem parte do diagnóstico diferencial. Dor referida do quadril, de patologias intravertebrais também podem causar dor no joelho.

LESÕES DO QUADRIL



BURSITES

Há pelo menos 18 bursas na região periarticular do quadril. Dentre elas, três se destacam como causa de dor: a isquiática (ou isquioglútea), a do iliopsoas e a trocantérica. 
Geralmente, estas bursites decorrem de um único trauma de forte intensidade ou de microtraumas repetitivos; podendo estar associada a diversas condições reumáticas, metabólicas, infecciosas ou ainda serem idiopáticas.

Bursite isquiática
Também conhecida como "nádega do tecelão", tal bursite apresenta dor e sensibilidade sobre a proeminência isquiática, podendo ser confundida com a dor ciática. Frequentemente o paciente sente a dor na região glútea ao sentar ou ao deitar. 
Sua causa mais freqüente decorre de quedas com impacto sobre as nádegas, aparecendo também em indivíduos que permanecem sentados em superfícies duras por um tempo prolongado.
Bursite Trocantérica
É a bursite mais freqüente do quadril. Deve-se às atividades com excesso de sobrecarga e a quedas sobre a região lateral do quadril acometido. 
 Clinicamente apresenta-se como dor no quadril lateral, com sensibilidade peritrocantérica, particularmente num ponto posterior e superior ao grande trocanter, um pouco distante do local da bursa trocantérica que se situa a 3 ou 4 cm de profundidade da pele, póstero-lateralmente ao grande trocanter. A dor pode ser contínua ou só ocorrer por pressão direta sobre a região e, muitas vezes, também pode ser confundida com a dor ciática. Eventualmente, esta bursite pode estar associada a síndrome do trato ileotibial.

Bursite do Ileopsoas
A bursa ileopectínea ou do ileopsoas é contígua à cápsula do quadril e separa o músculo ileopsoas da eminência ileopectínea. 
Clinicamente apresenta-se como dor na região anterior do quadril que piora durante atividades físicas, na sua flexão contra-resistência ou na sua hiperextensão.
Diagnóstico
Geralmente é realizada a ressonância magnética demonstrando a bursa distendida por líquido.
Tratamento
Consiste em exercícios de alongamentos e utilização de antiinflamatórios. Pode-se realizar infiltração de corticóides, se necessária, dirigida por flouroscopia. Em alguns casos há necessidade de remoção cirúrgica da bursa.

LESÕES MUSCULARES AGUDAS E TENDINITES

Os músculos geralmente mais acometidos no quadril são o reto abdominal, o ileopsoas, adutor longo e o reto femoral. Na maioria das vezes a lesão se dá na junção musculotendínea.
As lesões agudas geralmente ocorrem secundárias a contrações ou estiramentos musculares violentos e clinicamente se apresentam com dor local de instalação abrupta que aumenta com atividade física acompanhada de edema e equimoses.
As tendinites resultam de lesões crônicas associadas a sobrecarga de solicitação muscular, apresentando-se com um quadro de dor com início insidioso e aumentando gradativamente pela crescente intolerância à atividade física.
Exame físico
Pode revelar edema e ou equimoses associado a sensibilidade e crepitação local.
Tanto em lesões agudas como crônicas se notam dor e perda de flexibilidade durante extensão passiva e dor e fraqueza muscular durante contração de músculo lesado contra resistência.

Diagnóstico
Depende do músculo ou tendão afetado, que podem ser identificados baseado no local anatômico da dor associado a manobras musculares específicos.
- Rx: quando existe avulsão óssea.
- US: em casos duvidosos podem demonstrar o músculo ou o tendão danificado.
Tratamento

Consiste, inicialmente, em repouso, aplicação de gelo, compressão e afastamento da atividade dolorosa. Muletas podem ser úteis se há dor significante durante a deambulação.
Com a melhora clínica se inicia exercícios de alongamento suave que não causem dor associada ao uso de contraste. Progressivamente, introduz-se exercícios de fortalecimento e resistência e o retorno gradual as atividades esportivas normais.
Como a maioria destas lesões ocorrem na junção musculotendínea, o tratamento cirúrgico geralmente não é recomendado, até mesmo para rupturas completas, pois o tecido muscular não é favorável a reparos cirúrgicos.
SÍNDROME DO TRATO ILIOTIBIAL

O paciente pode sentir dor ao longo da face lateral do quadril e um estalo quando o trato ileotibial passa pelo trocanter maior com a flexão e extensão.
Diagnóstico
É feito através do teste de Ober.

Diagnóstico diferencial

Dor referida de outros órgãos, como os órgãos sexuais, trato intestinal, urinário, compressões radiculares da coluna ou alterações vasculares, ocasionalmente causar dor no quadril. Lesões articulares, como osteoartrite, artropatias inflamatórias e infecciosas, necrose asséptica.

TENDINITES DE MÃOS E PUNHOS



As tenossinovites são freqüentes nas mãos e nos punhos, podendo apresentar diversas causas: idiopática, artrite reumatóide, artrite psoriática, doença de Reiter, hemocromatose, ocronose; doenças congênitas, xantomatoses; beta-hiperlipoproteinemia familiar; sarcoidose, síndrome parancoplásica; mixedema (hipotitoidismo); tumor de células gigantes; tenossinovite pigmentada vilonodular; infecções (gonococos, micobactérias, esporotricose); trauma direto e cristais.

TENOSSINOVITE DE DE QUERVAIN
Etiologia

Resulta da fricção repetitiva entre os tendões do abdutor longo e do extensor curto do polegar com suas bainhas tenossinoviais, decorrentes do excesso de movimentos do punho, tanto em desvio ulnar e radial como em flexão e extensão. Ocorre espessamento da bainha tendinosa dos músculos envolvidos, resultando em estenose e edema local. É a tendinite de punho mais freqüente em atletas e pode ocorrer com freqüência em atividades ocupacionais repetitivas, bem como na artrite reumatóide, artrite psoriática (e outras doenças inflamatórias sinoviais), trauma agudo e ocorrer na gravidez e no período pós-parto.
Quadro clínico
Os pacientes se queixam de dor em região próxima ao processo estilóide radial as manobras de pinçamento e a movimentos do punho. A presença do sinal de Finkelstein e clássica (desvio ulnar do punho com polegar flexionado reproduzindo a dor).

Tratamento
O tratamento depende do estágio da doença. Casos agudos respondem bem ao repouso através do uso de órteses associados à infiltração local de corticosteróides. Nos casos recorrentes pode se proceder a uma segunda ou terceira infiltração. Na ausência de melhora ou em lesões em estágios avançados, com presença de fibrose local, geralmente, são tratados cirurgicamente. O tratamento cirúrgico consiste na liberação do tendão através de incisão em sua bainha estenosante.
TENOSSINOVITE DIGITAL ESTENOSANTE
Etiologia
Também conhecida como "dedo em gatilho", é a lesão do esforço repetitivo mais comum da mão e se caracteriza por inflamação da bainha tendínea dos flexores dos dedos, particularmente do polegar, do terceiro e quarto dígitos (em ordem decrescente), e que resulta em fibrose e constrição localizada na primeira polia anelar, próxima à articulação metacarpofalangeana. Um nódulo tendíneo pode desenvolver-se no local da estenose. 
Suas causas mais comuns são: atividades repetitivas que exijam força de preensão, diabetes, amiloidose, hipotiroidismo, sarcoidose, artrite reumatóide e psoriática, tenossinovite vilonodular pigmentada e infecções. Atletas podem evoluir com inflamação aguda e dedo em gatilho resultante da pressão direta de raquetes ou bastões sobre estes tendões.
Quadro clínico
Dor na face flexora dos dedos associada a um bloqueio do dedo em flexão, que pode ser revertida, na maioria das vezes, por uma extensão passiva.
Tratamento
Repouso através do emprego de órteses, medicações antiinflamatórias e infiltração local. Nos casos refratários é indicada a liberação cirúrgica da primeira polia.

CONTRATURA DE DUPUYTREN
É caracterizada por espessamento nodular e posterior contração da fáscia palmar, ocasionando flexão do dedo na articulação metacarpofalangeana. Os dígitos mais afetados são, em ordem decrescente, quarto, quinto, terceiro e segundo quirodáctilos. Nódulos fibróticos na fáscia palmar são as anormalidades mais precoces. 
A doença de Dupuytren tem predisposição familiar, sugerindo dominância autossômica e tem sido observado em associação com epilepsia, alcoolismo, diabetes, algoneurodistrofia, doença pulmonar crônica, fasciite nodular poplítea, fibromatose plantar e com a doença de Peyronie.
OUTRAS TENDINITES DOS PUNHOS E MÃOS
- Tendinite do músculo extensor ulnar do carpo: É observada freqüentemente em jogos esportivos de raquete que requerem movimento de repetição do punho. Clinicamente, os atletas apresentam sensibilidade e dor ao longo do sexto compartimento dorsal.
- Tendinite do flexor radial do carpo: Relacionado ao excesso de movimentação do punho observado em jogadores de raquete e golfistas ou secundária a processos inflamatórios da articulação trapézio-escafóide. Clinicamente há sensibilidade na inserção deste tendão associado a dor em seu trajeto durante a flexão do punho contra-resistência.

- Lesões do flexor ulnar do carpo: Também observada com freqüência em jogadores de raquete. Geralmente o atleta reclama de dor na porção ulnar do punho e apresenta sensibilidade ao longo do trajeto do flexor ulnar do carpo.
Como as demais tendinites, estas respondem bem inicialmente ao repouso com órteses, emprego de antiinflamatórios não hormonais ou injeções locais de corticosteróides. Os casos refratários podem ser tratados cirurgicamente.

TENDINITE DOS COTOVELOS



As epicondilites lateral e medial são as lesões mais freqüentes do cotovelo, apresentando alta incidência na população.

Etiologia

O excesso de movimento repetitivo dos tendões do cotovelo causam rompimento da orientação paralela normal das fibras de colágeno associado à infiltração de fibroblastos e formação de tecido de granulação vascular. O desenvolvimento desta hiperplasia angiofibroblástica, sem um componente inflamatório apreciável tem como conseqüência comum à degeneração destes tendões.

EPICONDILITE LATERAL
Geralmente está associada a indivíduos que executam a EXTENSÃO do punho contra a resistência de forma repetitiva, tais como carpinteiros, encanadores e em atividades esportivas que utilizam raquetes. Metade dos tenistas desenvolve quadro de epicondilite lateral durante alguma fase de suas carreiras. Beisebol, arremesso de peso, golfe, squash, natação, levantamento de peso são outros exemplos de atividade esportiva com potencial lesivo do epicôndilo lateral. A lesão, geralmente, encontra-se na origem dos grupos músculos que realizam EXTENSÃO e SUPINAÇÃO do punho.

EPICONDILITE MEDIAL

Geralmente está associada às atividades em que ocorre FLEXÃO repetitiva do punho ou fechamento freqüente dos punhos. As atividades esportivas em que ocorre este tipo de lesão são em arremessadores, jogadores de golfe, de "racquet" de boliche e nadadores. A lesão muscular é observada na origem dos grupos musculares FLEXORES e PRONADORES do punho.
TENDINOSE POSTERIOR
Geralmente é observada em atletas de jogos de arremessos ou associado a algum distúrbio do compartimento posterior do cotovelo, como osteofitose, corpos livres ou sinovites. Observa-se lesão na inserção olecraniana do tríceps.

BURSITE OLECRANIANA
Pode surgir do trauma repetitivo, de trauma agudo maior, infecção, de doenças sistêmicas, como a gota e a artrite reumatóide.

LESÃO DO BÍCEPS DISTAL
É observada em indivíduos que realizam trabalhos com sobrecarga de força durante a FLEXÃO do cotovelo.

LESÃO DO TRÍCEPS DISTAL
É freqüentemente observada em levantadores de peso, ginastas, boxeadores, esportes de raquetes e de arremesso, ocorre quando há desaceleração da extensão do cotovelo ou contração do tríceps concomitante a uma flexão do cotovelo. Pacientes que apresentem bursite olecraniana, doenças sistêmicas, tais como gota, diabetes e osteodistrofia renal, têm maior risco.

Quadro clínico

Os pacientes que apresentam lesões tendíneas em cotovelo podem evoluir com dores agudas, intermitentes ou subagudas, geralmente no cotovelo, durante a movimentação dos punhos.

Na epicondilite lateral a dor geralmente está presente na região do epicôndilo lateral, às vezes irradiando-se para o antebraço. Muitas vezes piora as manobras de preensão manual. Durante o exame físico pode notar área sensível a palpação no epicôndilo lateral, às vezes acompanhado de um discreto aumento de volume local. A extensão do punho contra-resistência com o antebraço em pronação reproduz a dor.

A dor da epicondilite medial geralmente é de instalação insidiosa, na região do epicôndilo medial e irradiando-se para o antebraço medial, às vezes, acompanhada de fraqueza da força de preensão das mãos. Há sensibilidade dolorosa e, às vezes, discreto aumento de volume a palpação do epicôndilo medial Podemos reproduzir sua dor ao realizarmos uma flexão forçada dos punhos contra-resistência.

A bursite olecraniana é muitas vezes assintomática e há presença do inchaço característico, poupando a articulação do cotovelo. A bursite aguda é rara e a forma crônica é bem mais comum.

Na lesão do bíceps distal os pacientes apresentam dor aguda na fossa ântero-cubital, equimose e perda da flexão e supinação.

Na tendinose do tríceps ocorre geralmente dor durante a extensão na região posterior do cotovelo. A presença de fraqueza muscular durante a extensão do cotovelo, levanta suspeita de ruptura do tríceps.
Diagnóstico

Nas epicondilites observamos em 20% dos casos alterações radiológicas, como calcificações ou exostoses locais. Na maioria das situações o diagnóstico é confirmado através da ultra-sonografia. Esta também é útil na avaliação das bursites de olecrano. A ressonância magnética deve ser empregada quando houver necessidade de definir a extensão de envolvimento do tendão, inclusive documentando rupturas musculares ou desarranjos da articulação do cotovelo, como nas lesões osteocondrais. Esta técnica é empregada também quando há dúvida diagnóstica, com suspeita de estarem presentes outras lesões, tais neuropatias compressivas. A

Dor associada a lesões do cotovelo
- Região anterior do cotovelo: Tendinite bicipital, síndrome do pronador, lesão anterior da cápsula articular;
- Região posterior do cotovelo: Tendinite do tríceps, pinçamento olecraniano, fratura de estresse do olécrano, bursite olecraniana;
- Região lateral do cotovelo: Epicondilite lateral, síndrome do túnel do radio, instabilidade póstero-lateral e de rotação;
- Região medial do cotovelo: Epicondilite medial, lesão do ligamento colateral ulnar, compressão do nervo ulnar.

Diagnóstico diferencial
Além de doenças sistêmicas, como artrite reumatóide, gota e outras artropatias por deposição de cristal, o cotovelo pode ser sede de processos infecciosos e de outras lesões causadas por excesso de movimentos repetitivos.
Tratamento

A maior parte dos pacientes evoluem bem com o tratamento conservador. O repouso da estrutura lesada é importante, podendo-se indicar órteses nos casos de epicondilites. Deve-se utilizar antiinflamatórios não hormonais e nos casos mais sintomáticos a infiltração local com corticosteróides costuma dar bom resultado. Deve-se proceder a reabilitação física gradual até que o paciente tenha a sua função restabelecida.
De um modo geral, a terapêutica cirúrgica é adotada nos casos refratários ao tratamento conservador e nos casos de lesões completas bicipitais e tricipitais com perda de função importante.





TENDINITES DO OMBRO


A articulação do ombro é uma estrutura complexa, que envolve o tórax, úmero, clavícula e a escápula e 30 músculos. Sua integridade depende da mobilidade das articulações acrômio-clavicular, esternoclavicular, gleno-umeral e escápulo-torácica.
O conjunto formado pelo manguito rotador, o complexo bíceps-labral e os ligamentos gleno-umerais são importantes na estabilidade e na movimentação do ombro.
Estas estruturas constantemente estão submetidas a sobrecargas, sendo, portanto, suscetíveis a lesões.


Etiologia

Lesões do manguito rotador


Os mecanismos que lesam o manguito rotador podem ser divididos em extrínsecos e intrínsecos.


Causas extrínsecas


- Síndrome de impacto subacromial primário: ocorre quando há estreitamento da via de saída do tendão do supra-espinhoso, comprimindo o tendão do manguito rotador na superfície do arco coracoacromial. Acrômios com morfologia encurvada, esporões subacromiais, osteófito presente de processo degenerativo da articulação acrômio-clavicular, hipertrofia do ligamento coracoacromial ou qualquer processo que eleve a cabeça umeral levam a um pinçamento do tendão do manguito, podendo evoluir a comum quadro de tendinite e até a ruptura completa do manguito. A inflamação da bursa subacromial, que se localiza no espaço subacromial, imediatamente abaixo do acrômio e acima do manguito rotador, também pode levar a um quadro de pinçamento primário do manguito rotador. Sua inflamação pode também surgir em conseqüência da síndrome do impacto dada à íntima relação entre a bursa subacromial e o tendão supra-espinhoso, agravando um pinçamento já existente, ou pode surgir de um trauma agudo, na forma de hemorragia ou edema, podendo ocorrer como resultado de queda ou contusão direta.


- Síndrome do impacto subacromial secundária: é freqüente em indivíduos que realizam movimentos de elevação de seus membros superiores acima da cabeça de forma repetitiva, tais como atletas. Seus ombros se tornam suscetíveis a disfunções e lesões decorrentes do alto estresse mecânico e repetitivo que ocorre durante os extremos de seus movimentos. Microtraumas repetitivos dos ligamentos e tendões estabilizadores, sem o devido tempo para sua recuperação posterior, podem evoluir com fadiga e falência de suas funções, desenvolvendo um quadro de tendinopatia do manguito por excesso de uso. Conseqüentemente a articulação gleno-umeral se torna instável, ocorrendo subluxação anterior e superior da cabeça umeral, levando a uma compressão secundária do tendão do manguito rotador. O mesmo mecanismo de pinçamento do manguito é observado em indivíduos com frouxidão ligamentar e/ou instabilidade primária e com contraturas posteriores do ombro, mesmo sem história de excesso de atividade que exijam movimentos de elevação dos membros superiores.


- Síndrome do impacto interno:  foi observada em atletas com atividades acima da cabeça durante a fase de armação de jogada de arremesso, em que o ombro está com a abdução e rotação externa ao máximo. Nesta posição a superfície inferior do manguito entra em contato com a região superior da glenóide e o labrum. Manobras repetitivas podem lesar a porção articular do manguito rotador, do complexo bíceps-labrum, a grande tuberosidade umeral, a glenóide e o ligamento gleno-umeral inferior.


- Traumas por quedas ou impacto direto, como observados, por exemplo, em atletas ou alguns tipos de atividades ocupacionais, podem originar um quadro agudo e freqüentemente de ruptura do manguito rotador.


- Doenças sistêmicas e locais que causam inflamação local, como artrite reumatóide, condrocalcinose, diabetes, hiperparatiroidismo e artrite piogênica.

Causas intrínsecas


- Alterações degenerativas descritas principalmente no terço próximo à inserção do tendão do supra-espinhoso a cabeça umeral, em que se observou diminuição de vascularização local.



- As alterações patológicas observadas incluem de afilamento a microrrupturas de fascículos musculares, deposição de tecido de granulação, calcificação, favorecendo a progressão de lesões degenerativas e rupturas tendíneas. A tendinite calcificante do manguito geralmente apresenta origem degenerativa e muitas vezes se apresenta associada a doenças sistêmicas.



Lesões do tendão bicipital

 A tendinite bicipital isolada é incomum, pois geralmente ocorre em associação com a lesão do manguito rotador ou com a instabilidade gleno-umeral. Quando surge de maneira isolada, usualmente, a tendinite bicipital ocorre após tarefas que exijam carregar pesos repetitivamente ou sustentar objetos por longos períodos.

Quadro clínico

- A idade do paciente, bem como sua ocupação, atividades de lazer, a forma de instalação dos sintomas (agudo ou insidioso), traumas, severidade e duração dos sintomas são dados iniciais deveras importantes.

- Exame físico: inspeção e palpação bicipital, da grande tuberosidade umeral, da articulação acrômio-clavicular e da porção anterior do acrômio.

- Grau de mobilidade passiva e ativa.

- O principal sintoma é a dor, que muitas vezes vem acompanhada de crepitação ou estalido local, fraqueza muscular e perda de mobilidade articular.

- A intensidade e a duração dos sintomas dependem se há presença de uma síndrome de impacto isolado ou se houve uma progressão para um quadro musculotendinoso. O achado clássico da síndrome do impacto isolada no exame físico é o arco doloroso entre 60 e 120 de abdução. Quando o braço retorna a abdução completa, freqüentemente ocorre "fisgada" no meio da amplitude de adução quando existe pinçamento.

- A apresentação clínica da tendinite do manguito rotador depende do grau de intensidade da lesão e da forma com que este se instalou. Pode ser aguda, após sobrecarga excêntrica ou instabilidade gleno-umeral, seguindo atividades intensas de elevação, abdução ou sustentação mantida dos membros superiores; ou pode ter início insidioso e gradual, refletindo as alterações crônicas ou degenerativas subjacentes.

- O paciente pode apresentar dor e desconforto no ombro, que pode irradiar-se para todo o membro superior, dor noturna, dor aos movimentos de abdução, elevação ou rotação externa, dificuldade em alcançar a região dorsal para vestir-se.

- Os movimentos ativos estão limitados e, nos casos mais graves, capsulite adesiva secundária pode desenvolver-se, restringindo mais ainda todos os movimentos do ombro.

- A presença de dor noturna, aumento da dor a manobras de elevação dos MMSS e fraqueza leve ou acentuada no membro deve levantar a suspeita de ruptura parcial ou total do manguito. Estas podem ser agudas ou crônicas, parciais ou completas. Podem ocorrer em conseqüência de inflamações crônicas, porém os traumas e as quedas são as causas mais freqüentes.

- A tendinite calcificante dos tendões do manguito tem prevalência de 3% a 7,5%, podendo ocorrer em ombros sintomáticos e assintomáticos. É mais freqüente no tendão supra-espinhoso e mais comumente documentada em mulheres sedentárias. Geralmente a calcificação é bilateral e ocorre entre 40 e 60 anos de idade. Sua apresentação clínica pode ser insidiosa, com sintomas crônicos de dor à movimentação, ou aguda, com dor de forte intensidade, acentuada limitação dos movimentos ativos e passivos, sensibilidade local e, ocasionalmente, eritema sobre o tendão envolvido. Os ataques dolorosos podem ser abruptos e surgirem sem história de trauma ou de sobrecarga biomecânica.


- A dor da tendinite bicipital isolada geralmente é percebida na face anterior do ombro, com irradiação ao longo do músculo bíceps e com sensibilidade localizada na corredeira bicipital.

Diagnóstico

Testes clínicos

Testes que avaliam a integridade do manguito rotador, do espaço subacromial, do tendão bicipital e da articulação acrômio-clavicular:

- Manobra do pinçamento subacromial: é realizada com o paciente sentado. O examinador, posicionado por trás, segura o cotovelo do paciente elevando passivamente seu membro superior com uma das mãos, enquanto a outra estabiliza a escápula. Com esta manobra fazemos com que o tendão do supra-espinhal, o intervalo dos rotadores e o tendão da cabeça longa do bíceps se aproximem do arco coracoacromial. O teste é positivo quando ocorre aumento ou o aparecimento da sensação dolorosa no ombro.

- Teste do músculo supra-espinhoso: o paciente fica sentado e é realizado uma elevação dos membros superiores até 90 graus e os posiciona no plano da escápula, mantendo-os em rotação interna. Colocando suas mãos próximas aos ombros do paciente, o examinador exerce pressão para baixo procurando aduzir os membros superiores do paciente. A incapacidade para resistir à pressão do lado afetado, sugere a presença de ruptura do tendão. 


- Teste do músculo infra-espinhoso: é realizado com o paciente sentado, mantendo os membros superiores em rotação externa e os braços ao longo do tronco, o examinador exerce pressão no sentido de produzir rotação interna. A perda da capacidade de resistir à ação do examinador sugere lesão do tendão do músculo infra-espinhoso.

- Teste de Yergason: é empregado para diagnosticar a tendinite da cabeça longa do bíceps, sendo positivo na presença de dor referida no ombro quando o paciente realiza movimento de supinação contra-resistência. 


- Teste da adução forçada: o paciente sentado, o examinador segura o membro superior do paciente pelo cotovelo, eleva-o passivamente a 90 graus e imprime movimento de adução. O teste é considerado sugestivo de artrose da articulação acrômio-clavicular quando ocorre dor localizada na mesma.


Testes que avaliam a insuficiência cápsulo-ligamentar e a instabilidade gleno-umeral

- Teste da apreensão anterior: realizado com o paciente sentado ou deitado, o examinador com uma de suas mãos segurando o punho do paciente realiza abdução passiva do membro superior, enquanto com a outra mão estabiliza a escápula até atingir 90 graus de abdução. O polegar do examinador então faz pressão anterior sobre a porção posterior da cabeça umeral, enquanto a sua outra mão segurando o cotovelo imprime movimento de rotação externa no membro superior. O aparecimento de dor no ombro e de apreensão por parte do paciente, faz com que o teste seja considerado positivo.

- Teste da relocação: o paciente é posicionado em decúbito dorsal e o membro superior colocado fora da mesa de exame, o examinador segura o cotovelo do paciente e o posiciona em aproximadamente 90 graus de abdução e rotação externa e em seguida pressiona a cabeça umeral, de trás para a frente, de baixo para cima. O aparecimento de dor ou "click" articular aponta a possibilidade de subluxação anterior da cabeça umeral. Ao mudar o sentido da pressão sobre a cabeça umeral de frente para trás, há redução da subluxação e alívio da dor. Sua positividade sugere subluxação anterior gleno-umeral.


- Teste para instabilidade posterior: o paciente está sentado, enquanto o examinador segura o membro superior pelo cotovelo, eleva-o até 90 graus e faz pressão no sentido ântero-posterior ao mesmo tempo que imprime movimento de rotação interna. Na presença de instabilidade posterior a manobra produz dor e subluxação posterior.


Exames complementares

- Radiografia simples

- Ultra-sonografia

- Artrografia

- Ressonância magnética

- Artroscopia

Diagnóstico diferencial

Doenças reumáticas sistêmicas, artrite infecciosa, osteoartrite, hemartrose do depósito de cristal, dor da coluna cervical nos quadros cervicorradiculares, do tórax de quadros coronarianos, do abdômen, nas irritações diafragmáticas.

Tratamento

A abordagem terapêutica deve ser individualizada, levando-se em conta a idade do paciente, suas expectativas futuras e sua atividade ocupacional. De um modo geral, o tratamento conservador deve ser iniciado insistido por um período de seis meses. A falta de melhora clínica após esse período geralmente indica uma abordagem cirúrgica.

Conservador


O tratamento conservador deve ser iniciado o mais rapidamente possível, sendo dividido em três fases.

1. Controle da dor

- Repouso da articulação.

- Analgésicos simples ou associados a agentes opiáceos podem ser empregados.

- Regularmente tem se utilizado antiinflamatórios não hormonais.

- Em quadro acentuados: corticosteróides, corticosteróides.

- A reabilitação física deve ser feita com o objetivo de aliviar a dor do paciente e, para isso, pode lançar uso de várias técnicas de relaxamento, acupuntura e massagens.

2. Recuperação da capacidade de movimentação ativa e passiva

- Exercícios com objetivo de alongamento da musculatura são prescritos.

3. Reforço da musculatura

Nesta fase o objetivo é fazer com que o doente retorne a suas funções anteriores.

Cirúrgico

O tratamento cirúrgico deve ser considerado na ausência de resposta adequada com o tratamento conservador por um período de seis meses. Situações de exceção existem, com indicação cirúrgica precoce, como, por exemplo, em um indivíduo jovem e atleta com ruptura total do manguito rotador. Portanto, cada caso deve ser individualizado, levando-se em conta a idade, o tipo de lesão, a atividade do paciente e suas expectativas.

A técnica a ser empregada, bem como a escolha pelo emprego da artroscopia ou não dependerá do tipo e da localização da lesão, bem como da experiência do cirurgião.

Quadro de síndrome do impacto isolado deve ser tratado com descompressão. Se houver envolvimento da articulação acrômio-clavicular, indicar-se-á excisão da clavícula distal. A estabilização cirúrgica deve ser realizada na presença de frouxidão articular e instabilidade.

O primeiro objetivo do tratamento cirúrgico das lesões parciais do manguito rotador deve ser a correção da patologia que originou sua lesão, seja ela a instabilidade ou o pinçamento primário ou ambos. O tratamento propriamente da lesão é controverso, com alguns cirurgiões fazendo somente um debridamento e outros a correção da ruptura parcial.

O tratamento cirúrgico da ruptura total do manguito deve ser individualizado, em pacientes pouco sintomáticos muitas vezes se obtém bom resultado com debridamento local. Nos casos de ruptura total e retração importante dos bordos musculares lesados, pode-se proceder à substituição da função do manguito, utilizando outros grupos musculares.






TENDINITES



A tendinite ocorre devido à sobrecarga de tensão ou de atrito tecidual. Ao sobrecarregar o tecido haverá microtraumas repetitivos que excederão a capacidade de adaptação do tecido. Em nível molecular, a falência do tendão ocorre pelo estiramento do colágeno. As lesões provenientes destas sobrecargas podem incidir no músculo, na junção de musculotendinosa, no próprio tendão, ou na sua inserção óssea.



Estiramentos de até 4% são bem tolerados pelos tendões, entre 4% e 8% ocorre ruptura das ligações cruzadas das fibras de colágeno e estiramentos superiores a 8% apresentam lesões macroscópicas, com observação de ruptura de fibras.

Lesões por excesso de atrito tecidual ocorrem em regiões com proeminências ósseas, onde os tendões deslizam em íntima proximidade a estruturas fixas. As bainhas sinoviais cercam os tendões nestes pontos lubrificando-os e protegendo-os destas estruturas fixas.

O processo envolvido na patogênese e na história natural das tendinites pode ser dividido em quatro fases: inflamatória, proliferativa, de maturação e de fibrose.

Fase Inflamatória:

É caracterizada clinicamente através de dor, edema, aumento de temperatura e sensibilidade no local.
Em nível celular, há hiperplasia vascular, aumento da permeabilidade capilar e acúmulo de células inflamatórias.
Geralmente o tratamento das tendinites nesta fase envolve o repouso das estruturas lesadas para prevenir exacerbação e prolongação do processo. A diminuição do processo inflamatório é desejável, através do emprego de gelo, de antiinflamatórios não hormonais e de corticosteróides locais ou sistêmicos.

Fase de Proliferação:

Costuma durar uma a duas semanas e envolve a produção de colágeno pobremente organizado e substâncias de crescimentos.
Durante esta fase deve ser evitada atividade excessiva, porém são permitidos exercícios leves de alongamento e de conservação da amplitude de movimento.

Fase de Maturação:

Ocorre maturação das ligações cruzadas das fibras de colágeno por um a três meses.
Exercícios de alongamento e de fortalecimento controlado são recomendados, evitando atrofia por desuso ou reincidência da lesão.

Fase de Fibrose:

Ocorre em conseqüência de episódios inflamatórios repetidos, resultando em cicatrização das bainhas de tendão ou do próprio tendão.
Em geral lesões que progrediram a esta fase podem requerer liberação cirúrgica.

As tendinites, dependendo dos locais de incidência das lesões, podem ser classificadas em diferentes subtipos:

·Entesite (tendinite de inserção);
·Tenossinovite (inflamação da bainha sinovial tendínea);
·Peritendinite (inflamação da junção musculotendínea);
·Tendinite calcificante (geralmente com depósitos de hidroxiapatita). 


Os tendões mais freqüentes acometidos se localizam nos membros superiores.

A inflamação de uma bolsa sinovial (bursa) pode surgir de trauma único de forte intensidade ou de microtraumas repetitivos; pode estar associada a diversas condições reumáticas, metabólicas, infecciosas ou ainda ser idiopática.