terça-feira, 6 de agosto de 2013

TENDINITES E BURSITES DO JOELHO



BURSITES

- Bursite pré-patelar: pode ser uma condição crônica, secundária a determinadas atividades profissionais como as de atividade doméstica, nas quais o hábito de manter-se agachado apoiado sobre ambos os joelhos é freqüente. Geralmente ocorre por traumas ou microtraumas locais.
 - Bursite suprapatelar: surge na vigência de condições que afetam a articulação do joelho, já que esta bursa apresenta comunicação com a cápsula articular. 
Geralmente sua evolução clínica acompanha o da patologia intra-articular, desaparecendo na resolução ou controle desta.
O cisto de Baker ocorre por um aumento do volume das bursas do semimembranoso e dos gastrocnêmicos, e reflete patologia interna do joelho. Geralmente o paciente sente dor, às vezes, em peso na região posterior do joelho. Os cistos de grande volume podem romper e, por vezes, até simularem um quadro semelhante a trombose venosa profunda. Geralmente a correção ou o controle do processo articular do joelho promove o desaparecimento ou a diminuição do cisto de Baker. Eventualmente há a necessidade do emprego de antiinflamatórios ou infiltrações locais com corticóide. Raramente existe indicação de excisão cirúrgica.
TENDINITES

- Tendinites anteriores do joelho: ocorrem em conseqüência de traumas repetitivos em joelhos mal-alinhados. O trauma pode ser agudo, mas geralmente é resultado da sobrecarga de solicitação de movimentos. Contribuem para o aparecimento destas tendinites: erros de treinamentos (treinamentos em superfícies irregulares, excesso de exercícios precocemente), desalinhamento do quadril pela incongruência dos membros inferiores, desalinhamento dos mecanismos de extensão do joelho, deficiências de condicionamento físico e de flexibilidade, uso de sapatos inadequados.
- Bursite e tendinite anserina: O paciente apresenta dor em região medial do joelho, dificultando sua deambulação. O relato de dor e dificuldade de dormir com um joelho próximo ao outro são queixas muito freqüentes. Observadas em mulheres acima dos 40 anos, obesas e, geralmente, encontra-se associada a processo degenerativo do compartimento medial do joelho. O tratamento destas tendinites consiste em identificar e afastar os fatores predisponentes destas lesões, orientando treinamentos físicos, recomendando calçados adequados, corrigindo deformidades do pé e evitando superfícies irregulares. A diminuição da carga, se necessário, pode ser obtida através do uso de bengalas. O emprego de antiinflamatórios e meios de contraste entre calor e gelado são benéficos. Deve-se instituir um programa de fortalecimento da musculatura extensora e alongamento da flexora do joelho.

- Síndrome do trato ileotibial:
é freqüentemente causada pelo excesso de solicitação de movimentação do joelho, ocorrendo principalmente em atletas corredores ou ciclistas. Ela se desenvolve em conseqüência ao atrito repetitivo entre o trato ileotibial e o côndilo femoral lateral durante a flexão e a extensão do joelho, resultando em um processo inflamatório local. Clinicamente o paciente apresenta sensibilidade no côndilo lateral do joelho e dor ao se comprimir o trato ileotibial durante flexão do joelho a 30 graus. Pode estar associada a bursite trocantérica, e o teste de Ober positivo. O diagnóstico pode ser confirmado por ultra-sonografia e ressonância magnética. O tratamento geralmente é baseado no alongamento do trato ileotibial e no fortalecimento da musculatura do glúteo médio. Nos casos refratários deve proceder-se a ressecção da metade posterior do trato ileotibial próximo a área do côndilo femoral lateral.

Diagnóstico diferencial
Artropatias inflamatórias, infecciosas, por deposição de cristal e degenerativas fazem parte do diagnóstico diferencial. Dor referida do quadril, de patologias intravertebrais também podem causar dor no joelho.

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