quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

ERITROBLASTOSE FETAL



Também conhecida como doença de Rhesus ou Doença Hemolítica do recém-nascido, a Eritroblastose Fetal refere-se a uma incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o feto, no qual a mãe Rh-, que já tenha entrado em contato com sangue Rh+, dá a luz a uma criança Rh+.

Durante a gestação podem ocorrer hemorragias na placenta e a passagem dos glóbulos sangüíneos do sangue do filho para a circulação materna, com isto as hemácias do filho, portadoras de Rh+, irão sensibilizar o sistema imunológico da mãe e esta passará a produzir anticorpos que passarão para a circulação do filho, onde destruirão suas hemácias, produzindo a anemia hemolítica do recém-nascido ou eritroblastose fetal.

A sensibilização ocorre sempre quando a mãe é Rh- e o filho é Rh+. Lembrando que os antígenos Rh do feto são desenvolvidos nas seis primeiras semanas gestacionais.

Uma pessoa com antígeno Rh não produzirá anticorpos anti-Rh contra o seu próprio antígeno. E uma pessoa sem antígeno Rh pode produzir anticorpos anti-Rh após a sensibilização. A sensibilização prévia altera substancialmente o risco de desenvolvimento de eritroblastose fetal.

Logo após o nascimento, o organismo do recém-nascido apresentará uma intensa destruição de hemácias, resultando em uma profunda anemia com liberação de hemácias imaturas, denominadas eritroblastos. Além disso, o recém-nascido adquirirá uma icterícia, em resposta ao acúmulo de bilirrubina, sintetizada no fígado a partir de hemoglobina das hemácias destruídas. Essa condição de incompatibilidade pode levar à morte da mãe ou do concepto, além de também representar uma importante causa de incapacidade prolongada, como danos cerebrais e insuficiência hepática.

A maior ameaça na eritroblastose fetal é o dano ao sistema nervoso central pela intoxicação da bilirrubina.

O diagnóstio ocorre pela história clínica compatível, confirmada laboratorialmente, e com sinais evidentes de hemólise.

É importante conhecer o tipo sanguíneo do pai quando a mãe apresentar sangue Rh-.

Para evitar a ocorrência da eritroblastose fetal numa segunda gestação, quando a mãe é Rh- e o pai é Rh+, recomenda-se a administração endovenosa de gamaglobulina anti-Rh, após o nascimento do primeiro bebê Rh+. Tal substância irá causar o bloqueio do processo que sintetiza anticorpos contra o sangue Rh+ do feto. A mãe recebe uma dose passiva temporária de anticorpos que eliminam as encontradas na corrente sanguínea que sejam Rh+, impossibilitando, deste modo, que a mãe produza anticorpos permanentes.



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