Também conhecida como
Osteíte Deformante, refere-se a uma condição patológica não inflamatória
caracterizada pelo aumento da remodelação óssea de forma irregular e desorganizada.
Descrita em 1876 por Sir
James Paget, essa enfermidade crônica caracteriza-se pela hipertrofia dos
ossos, deformidades e dores locais.
Características:
É considerada a
segunda doença osteometabólica mais comum, atrás apenas da osteoporose.
Na maioria dos casos
é assintomática.
É rara em pacientes
com idade inferior a 40 anos e aumenta progressivamente conforme o paciente
envelhece.
É um pouco mais comum
nos homens.
Alguns autores
observaram, ainda, que há tendência em se localizar nos membros dominantes e em
áreas sujeitas a sobrecarga mecânica.
Os ossos mais
comumente afetados são a pelve, vértebras, fêmur, crânio, tíbia e úmero.
Etiologia:
Possui etiologia desconhecida,
porém há relatos de que fatores genéticos e fatores virais desempenham papel
importante na fisiopatologia.
Fisiopatologia:
Na sua fisiopatologia,
inicialmente ocorre a osteólise, devido à hiperatividade do osteoclasto. Em
seguida, há recrutamento de osteoblastos e produção de osso lamelar de forma
desordenada, com aparência de mosaico. O osso reabsorvido é substituído por
tecido fibroso com aumento acentuado de vascularização.
Diagnóstico:
O diagnóstico é realizado
através de exames complementares como radiologia simples ou elevação de
fosfastase alcalina sérica (FAS).
Dependendo do estágio
da doença os achados radiográficos serão diferentes, pois na fase inicial ou de
reabsorção, as lesões são tipicamente radiolúcidas com aparência similar à
osteoporose. Já em estágios posteriores exibem uma clássica aparência de áreas
radiopacas generalizadas, descritas como “flocos de algodão”, como resultado de
excessiva deposição óssea.
Quadro clínico:
O paciente mais
típico é o idoso com queixas de dor óssea e com FAS associada a quadro de dor
musculoesquelética.
O crânio é um dos principais
sítios acometidos pela doença de Paget. Os pacientes podem se queixar de cefaleia
debilitante. Pode haver paralisia de nervos cranianos levando à paralisia facial,
neuralgia trigeminal e perda auditiva neurossensorial. Também pode ocorrer hidrocefalia,
sendo necessária ou não intervenção neurocirúrgica.
A perda auditiva na doença
de Paget é relativamente comum em pacientes com acometimento do osso temporal.
A perda auditiva não é reversível, mas se estabiliza com o tratamento medicamentoso.
As complicações ortopédicas
envolvem comumente os ossos longos, particularmente, os que suportam carga.
A doença de Paget
pode causar insuficiência cardíaca de alto débito devido ao alto fluxo
sanguíneo ósseo que ocorre com acometimento esquelético extenso.
Tratamento:
Não há tratamento
específico para a doença. Algumas medidas sintomáticas são adotadas como forma
paliativa no controle da dor, como a administração de analgésicos e antiinflamatórios
não esteroidais. Uma alternativa proservativa seria diminuir a remodelação
óssea através de bifosfanatos, que são potentes inibidores da proliferação, e
atividade dos osteoclastos, além de induzirem apoptose destes.
Doença de Paget do osso.
<http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/06/doenca-de-paget-osso.pdf> Acesso
em 5 de junho de 2014.
DOENÇA DE PAGET: RELATO DE CASOS EM RELAÇÃO AO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL.
<http://www.revistacirurgiabmf.com/2005/v5n3/v5n3%20pdf/artigo%203%20-%20Doen%E7a%20de%20Paget.pdf> Acesso em 5 de junho de 2014.
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