Trata-se de um tipo raro de epilepsia ("epilepsia
mioclônica") que geralmente afeta crianças com menos de um ano de
idade. As convulsões apresentadas pela doença podem ser em flexão ou em extensão. Inicia-se quase sempre
no primeiro ano de vida , principalmente entre o 4º e 7º mês de idade. O sexo
masculino é o mais afetado, na proporção de 2 para 1.
A síndrome consiste numa tríade de sinais clínicos
e eletroencefalográficos: atraso do
desenvolvimento, espasmos infantis e traçado eletroencefalográfico com padrão
de hipsarritmia
No EEG apresenta-se com um traçado típico
denominado hipsarritmia ou disritmia maior lenta, caracterizado pelo seu
aspecto anárquico, com ondas de grande amplitude, lentas e pontas-ondas lentas.
A Síndrome de West é multifatorial, porém
pode ser geralmente causada
por disfunções orgânicas do cérebro cujas origens podem ser pré-,
peri- ou pós-natais.
As crianças que apresentam a síndrome podem ser
classificadas em:
·
SINTOMÁTICAS:
com causa bem definida, há
prévio desenvolvimento neuropsicomotor anormal, alterações ao exame neurológico
e/ou lesões cerebrais identificadas por exames de imagem.
·
CRIPTOGÊNICAS:
aquelas com fortes suspeitas de causa orgânica, identificados por anormalidades
ao exame neurológico, sem êxito em se obter uma etiologia.
·
IDIOPÁTICAS:
não se define uma doença de base, estando o desenvolvimento psicomotor algumas
vezes normal.
Na maioria dos casos a síndrome de West é secundária, em muitos
deles é possível determinar a etiologia da síndrome: encefalites a vírus,
anoxia neonatal, traumatismo de parto, toxoplasmose,
Síndrome de Aicardi, Esclerose
Tuberosa de Bourneville.
O diagnóstico
se dá por TC ou RNM, teste de testagem de erros inatos do metabolismo.
Durante as crises ocorrem espasmos com flexão
súbita da cabeça, abdução dos membros superiores e flexão da pernas. A emissão de um
grito por ocasião do espasmo é comum.
Outra manifestação importante é o retardo mental,
além de complicações respiratórias, devido aos frequentes espasmos;
deformidades, principalmente de membros superiores e membros inferiores; e subluxação do quadril.
O prognóstico
da síndrome permanece reservado, observando-se em 90% dos casos a presença de deficiência mental. Distúrbios psiquiátricos
são frequentes.
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