sábado, 9 de março de 2013

TELENCÉFALO



Os hemisférios cerebrais são separados entre si pela fissura longitudinal do cérebro. A superfície de cada hemisfério é dividida em regiões denominadas lobos. Geralmente cada lobo leva o nome do osso suprajacente, existindo então os lobos frontal, parietal, temporal e occipital.

Pra delimitar os lobos é necessário identificar um sulco horizontal na superfície do cérebro – o sulco lateral. Outro sulco, vertical, ocupa mais ou menos o centro de cada hemisfério e é denominado sulco central.

O lobo frontal estará situado anteriormente ao sulco central, o lobo parietal após o mesmo e o lobo temporal abaixo do sulco lateral. Já o lobo occipital é delimitado pelo sulco parieto-occipital e por uma pequena depressão na borda inferior do cérebro, a incisura pré-occipital.


     Um quinto lobo cerebral situa-se internamente, sendo visível apenas quando se abrem as bordas do sulco lateral, tal lobo denomina-se ínsula. 

LOBO FRONTAL



No lobo frontal, paralelo ao sulco central, existe o sulco pré-central.Tais sulcos delimitam o giro pré-central, que é a principal área motora do córtex cerebral.
O lobo frontal apresenta ainda 3 giros: giro frontal superior, giro frontal médio e giro frontal inferior. Tais giros são delimitados por dois sulcos: sulco frontal superior e sulco frontal inferior.

    

 O giro frontal inferior é subdividido em 3 partes por ramos do sulco lateral. O sulco lateral se divide em 3 ramos: os ramos anterior, ascendente e posterior.
     A porção do giro frontal inferior que fica abaixo do ramo anterior é chamada parte orbital.

     A porção situada entre os ramos anterior e ascendente é a parte triangular.

     A porção localizada posteriormente ao ramo ascendente é a parte opercular.

    As partes opercular e triangular do hemisfério esquerdo são áreas que regulam a expressão da linguagem – palavra escrita ou falada – e são conhecidas como área de Broca.
LOBO PARIETAL



No lobo parietal observa-se posteriormente ao sulco central o sulco pós-central. Entre tais sulcos localiza-se o giro pós-central, que é a área somestésica do córtex, ou seja, é a região responsável pela sensibilidade do corpo.

Perpendicularmente ao sulco pós-central existe o sulco intraparietal que divide o lobo parietal em lóbulo parietal superior e lóbulo parietal inferior. 

No lóbulo parietal superior existem dois giros: giro supramarginal e o giro angular. Tais giros, no lado esquerdo do córtex cerebral, estão envolvidos na interpretação da linguagem verbal.


LOBO TEMPORAL



No lobo temporal existem 3 giros horizontais: giro temporal superior, giro temporal médio e giro temporal inferior. Tais ggiros são delimitados por 2 sulcos: temporal superior e o sulco temporal inferior.


No assoalho do sulco lateral existem pequenos giros de posição transversa: os giros temporais transversos. O mais importante é o giro temporal transverso anterior, pois é o centro cortical da audição.

         Na face medial do hemisfério observa-se o corpo caloso, este é constituído de fibras nervosas que passam de um hemisfério cerebral a outro, logo o corpo caloso é uma comissura. Logo abaixo da parte anterior do corpo caloso observa-se a comissura anterior. Acima da comissura anterior verifica-se um feixe de fibras que acompanha o contorno do tálamo e que se chama fórnix. Entre o fórnix e o corpo caloso, existe uma membrana, o septo pelúcido, que é a parede medial do ventrículo lateral.

         Acima do corpo caloso existe o giro do cíngulo que é uma área envolvida em processos importantes do comportamento e que faz parte do sistema límbico. Posteriormente, delimitando o lobo occipital, localiza-se o sulco parieto-occipital. Em seu interior observa-se o sulco calcarino, importante porque nas suas bordas fica a área do córtex cerebral responsável pela visão.

Os giros pré-central e pós-central continuam-se na face medial do hemisfério e em conjunto constituem outro lóbulo: lóbulo paracentral. 

Na borda medial do lobo temporal observa-se o giro para-hipocampal. A extremidade anterior deste é dobrada sobre si mesma formando um gancho denominado úncus. Tal região recebe fibras nervosas responsáveis pela sensibilidade olfatória. 

A face inferior do hemisfério tem em sua borda lateral o giro temporal inferior e em seguida os giros occipito-temporal lateral e occipito-temporal medial.

         A região externa do cérebro apresenta substância cinzenta: córtex cerebral. Internamente ao córtex existe substância branca, o centro branco medular, no interior do qual estão presentes aglomerados de substância cinzenta, constituindo os núcleos da base – núcleo caudado, núcleo lentiforme e núcleo amigdalóide. Além dessas estruturas, são visíveis ainda os ventrículos laterais.


Na parede do 3º ventrículo verifica-se substância cinzenta representada pelo tálamo.

No centro branco medular observa-se a cápsula interna, um feixe de fibras situado entre o núcleo caudado e o núcleo lentiforme e entre este e o tálamo. Pela cápsula interna passa a maior parte das fibras que chegam ou saem do córtex cerebral. Como pela cápsula interna viajam a maioria dos impulsos sensitivos e motores, uma lesão dessa região pode provocar extensa perda da sensibilidade e/ou paralisia da metade contralateral do corpo.

Os ventrículos laterais têm uma forma irregular, apresentando um corno anterior (no interior do lobo frontal), um corno posterior (no interior do lobo occipital) e um corno inferior (no interior do lobo temporal). Dentro dos ventrículos encontram-se plexos corióides.

No corno inferior do ventrículo lateral localiza-se o hipocampo, região responsável no processamento da memória. 


Referência: Fundamentos de Neuroanatomia. Ramon M. Cosenza.3 ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2005.

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