quinta-feira, 11 de abril de 2013

ESCLEROSE MÚLTIPLA (EM)



DEFINIÇÃO

É uma doença inflamatória crônica do SNC, caracterizada por placas de degeneração disseminadas, e uma sintomatologia polimorfa, que evolui por surtos, e que varia de um momento para outro de sua evolução.

Por motivos genéticos ou ambientais, na esclerose múltipla, o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina que recobre os neurônios e isso compromete a função do sistema nervoso. A característica mais importante da esclerose múltipla é a imprevisibilidade dos surtos.

ANATOMIA PATOLÓGICA

A lesão evolui em 2 etapas: a desmielinização inicial total ou parcialmente reversível e a esclerose irreversível mais tardia

EPIDEMIOLOGIA:

- Acomete mais mulheres, brancas, com idade entre 20 e 40 anos.
- Pessoas com história familiar têm o risco de 5 a 10x maior
- É mais comum nas regiões temperadas.

ETIOLOGIA:

Sua etiologia ainda é desconhecida, mas há 3 teorias prováveis: Auto –imune; viral e hereditariedade.

EVOLUÇÃO CLÍNICA/PATOLÓGICA

A fase inicial da esclerose múltipla é bastante sutil. Os sintomas são transitórios, podem ocorrer a qualquer momento e duram aproximadamente uma semana. Tais características fazem com que o paciente não dê importância às primeiras manifestações da doença que é remitente-recorrente, ou seja, os sintomas vão e voltam independentemente do tratamento.

A pessoa pode passar dois ou três anos apresentando pequenos sintomas sensitivos, pequenas turvações da visão ou pequenas alterações no controle da urina sem dar importância a esses sinais, porque, depois de alguns dias eles desaparecem. Com a evolução do quadro, aparecem sintomas sensitivos, motores e cerebelares de maior magnitude representados por fraqueza, entorpecimento ou formigamento nas pernas ou de um lado do corpo, diplopia (visão dupla) ou perda visual prolongada, desequilíbrio, tremor e descontrole dos esfíncteres.

SINAIS E SINTOMAS MAIS FREQUENTES:

 
DIAGNÓSTICO:

O diagnóstico é basicamente clínico, complementado por exames de imagem, por exemplo, a ressonância magnética.

- Caráter multifocal das lesões
- Evolução por crises
- Exame do líquor: aumento de linfócitos

 PROGNÓSTICO:

Mais favorável: mulheres,início antes dos 35 anos,acometimento monoregional e recuperação completa após crise.
Sobrevida média de 20 anos.

TRATAMENTO CLÍNICO:

Uma vez confirmado o diagnóstico de esclerose múltipla, uma doença inflamatória desmielizante, com manifestação remitente-recorrente, o tratamento tem dois objetivos principais: abreviar a fase aguda e tentar aumentar o intervalo entre um surto e outro. No primeiro caso, os corticosteroides são drogas úteis para reduzir a intensidade dos surtos. No segundo, os imunossupressores e imunomoduladores ajudam a espaçar os episódios de recorrência e o impacto negativo que provocam na vida dos portadores de esclerose múltipla, já que é quase impossível eliminá-los com os tratamentos atuais.

TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO

  • Objetivo:
         A reabilitação é dirigida para maximizar a função evitando complicações secundárias,capacitando os doentes a perceber seu potencial mais elevado e melhorando sua qualidade de vida de modo geral.

  • Estratégias de tratamento:
     - Emprego de técnicas de conservação de energia
    - Planejamento da atividade
    - Adaptação ao ambiente de trabalho
    - Aumento da resistência cardiovascular
    - Períodos de repouso ao sentir início de cansaço.

  • Condutas:
     DEPENDE DOS SINTOMAS CLÍNICOS




  • Equipe multidisciplinar:
 - Médico (neurologista)
- Terapia Ocupacional
- Fonoaudiologia
- Psicologia
- Nutrição

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