quinta-feira, 18 de abril de 2013

FRATURAS DO MEMBRO INFERIOR



·        Fraturas no Pé

- Fraturas de falanges e metatarsos: geralmente são causadas por queda de um objeto pesado sobre o pé, levando a dano nos tecidos moles e edema. Essas fraturas não requerem redução e imobilização como regra. Sendo utilizado em alguns casos um gessado de marcha baixo do joelho para as fraturas dos metatársicos, para aliviar a dor e possibilitar a deambulação. Se o edema for grave, o paciente deve ficar em repouso com a perna elevada durante alguns dias.
- Outro tipo de fratura que ocorre nos metatársicos é a fratura por estresse, provocada por uma série de pequenos traumas repetidos, como no caso de marchas prolongadas. Em geral é uma fratura que se manifesta por uma pequena linha de fissura que afeta a diáfise ou o colo do segundo ou terceiro metatársico.
* Tratamento Fisioterápico: objetivos: ensinar o paciente a andar corretamente com o aparelho gessado, reduzir o edema, fortalecer a musculatura dos pés.
·        Fratura do Calcâneo

- Geralmente ocorre como resultado de uma queda de uma certa altura sobre o pé, fraturando o calcâneo de um ou dos dois pés. 
- Pode ser acompanhada pela fratura de uma das vértebras torácicas inferiores ou lombares superiores.
- A rigidez pode ocorrer devido ao desenvolvimento de aderências peri ou intra-articulares ou por causa da ruptura das superfícies articulares. Pode desenvolver-se osteoartrose como resultado do rompimento dessas estruturas.
* Tratamento Fisioterápico: a ênfase está na redução do edema e na mobilidade. Se o paciente é mantido no leito e o membro é elevado, os movimentos devem começar no quadril e no joelho e serem seguidos pelo movimento do tornozelo e dos artelhos, assim que a dor tenha diminuído suficientemente para permiti-los. Os movimentos de inversão e eversão não são tentados nesse estágio.
·        Fraturas na Região do Tornozelo

- As mais comuns são as das extremidades distais da tíbia e da fíbula e geralmente se associam à luxação do tornozelo. Em geral, elas ocorrem como resultado de forças tensionais ou, às vezes, de uma força de compressão vertical.
- A limitação do movimento na articulação do tornozelo e do pé poderia resultar de aderências peri e intra-articulares ou de rompimento das superfícies articulares.
* Tratamento Fisioterápico: objetivos: reduzir o edema, reduzir a dor, ensinar o paciente a usar as muletas, ensinar alguns exercícios, aumentar a ADM, melhorar a força dos músculos que atuam sobre o tornozelo e mobilizar.
·        Fraturas das Diáfises da Tíbia e da Fíbula

- Ocorrem em todas as idades, como resultado de trauma direto ou indireto.
- Em geral, são fraturas expostas por causa de violência direta ou da situação superficial da tíbia e os fragmentos podem ficar expostos.
- Pode ser cominutiva e complicada ainda mais por lesão dos tecidos moles.
- As fraturas causadas por uma força rotatória, geralmente são espirais e a fratura dos dois ossos é observada em níveis diferentes.
- Nas fraturas com desvio, a tíbia deve ser reduzida e qualquer lesão dos tecidos moles deve ser reparada com prioridade.
- Fraturas da tíbia ou da fíbula isoladas não são muito comuns.
- A tíbia pode ser a sede de uma fratura por estresse, devido a pequenos traumas repetidos.
- A fratura da fíbula pode complicar-se por uma ruptura do ligamento tibiofibular distal.
* Tratamento Fisioterápico: objetivos: reduzir o edema, encorajar os movimentos dos artelhos e do quadril e as contrações estáticas dos músculos próximos do tornozelo e do joelho, estimular exercícios sem carga e a seguir progride para apoio parcial e total com carga, quando o paciente ganha arco de movimento e potência muscular.
·        Fraturas na Região do Joelho

- Incluem fraturas dos côndilos tibiais, da patela e dos côndilos femorais.
- Lesão nos côndilos tibiais: em geral afeta o côndilo lateral e pode compreender uma fratura cominutiva por compressão ou uma fratura com achatamento do platô.
- Fraturas da patela: podem ser provocadas por um choque direto no joelho ou por uma contração violenta do quadríceps. 
- Fraturas dos côndilos femorais: não são muito comuns, mas a fratura supracondilar ocorre mais freqüentemente e em geral como resultado de violência considerável.
* Tratamento Fisioterápico: inicialmente os artelhos e movimentos do quadril são realizados com uma tala na região potencial do joelho. As contrações estáticas para o quadríceps e músculos da "pata de ganso" são iniciadas e seguidas por movimentos ativos assistidos e, a seguir, por movimentos ativos livres do joelho, logo que a dor permita. Assim que o paciente possa ficar em pé, o fisioterapeuta deve ensiná-lo a usar aparelhos como gesso funcional, muletas ou bengala e a seguir reeducar a marcha quando o paciente suportar carga total.
No caso das fraturas da patela, o paciente deve ser ensinado a fazer contrações estáticas para os músculos que funcionam acima do joelho. Após a remoção do gesso deve se concentrar na reaquisição do arco completo de movimento do joelho, potência muscular total e marcha normal.
No caso das fraturas supracondilares, se o paciente estiver em tração, os movimentos ativos para os artelhos e tornozelo podem ser iniciados imediatamente com contração estática para os músculos quadríceps e glúteo. O fisioterapeuta pode manter os exercícios do membro com carga e deve ser capaz de procurar adquirir um bom arco de movimento do joelho antes de remover o dispositivo ortopédico e de iniciar o apoio com carga total.
·        Fraturas da Diáfise do Fêmur

- Comumente são resultado de traumatismos graves e podem ocorrer em qualquer parte da diáfise e ser de qualquer tipo: transversal, oblíqua, espiral e cominutiva. Em geral, os desvios são acentuados com sobreposição dos fragmentos, que podem provocar encurtamento se não forem corrigidos.
* Tratamento Fisioterápico: Se o membro se encontra sob tração continua, o objetivo do fisioterapeuta é tentar minimizar os problemas que podem surgir da imobilização prolongada. Os exercícios para os artelhos e tornozelos, juntamente com as contrações estáticas para os músculos glúteos, podem ser iniciados imediatamente. Logo que a dor diminui, o paciente pode ser orientado para realizar contrações estáticas do quadríceps e dos músculos da "pata de ganso". Os movimentos do joelho podem ser iniciados durante o período de tração, embora a quantidade de flexão do joelho em geral seja restrita a cerca de 60o. Quando é utilizado gesso funcional, o fisioterapeuta deve preparar o paciente para andar com carga parcial e muletas. Uma vez removido o sistema de fixação, o programa de reabilitação deve ser direcionado para os problemas de cada paciente especificamente e suas necessidades.
·        Fratura da Extremidade Proximal do Fêmur

- Fraturas trocantéricas: quase sempre acontecem em pacientes idosos, como resultado de uma queda.
- Fratura do colo do fêmur: é uma lesão comum e freqüentemente é devida a um trauma trivial. A fratura resultante em geral mostra desvio com rotação lateral da diáfise, de modo que o membro se apresenta rodado para fora em comparação com o membro oposto. Ocasionalmente, os fragmentos ficam impactados em ligeira abdução e o paciente pode ser capaz de levantar-se e andar após a lesão.
* Tratamento Fisioterápico: a prioridade número um do tratamento é readquirir a função e a independência o mais breve possível. Após a fixação interna para uma fratura trocantérica, o paciente deve fazer exercícios ativos para o membro e ser encorajado a mover-se na cama. Uma vez que o paciente tem permissão para andar com carga parcial, o fisioterapeuta deve escolher um dispositivo auxiliar adequado - muletas ou um andador - e concentrar-se em readquirir a independência.


Fonte:
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/blair_art4.htm


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