domingo, 28 de abril de 2013

DESLOCAMENTOS PÉLVICOS




Os órgãos que se encontram na cavidade pélvica (uretra, bexiga, vagina e reto) são sustentados, principalmente, pela musculatura elevadora do ânus e pela musculatura coccígea e suas fáscias.

 PROLAPSO

O prolapso é uma condição em que órgãos, como o útero, caem ou escorregam para fora do lugar.  

O órgão mais acometido é a bexiga, pela fraqueza dos elementos que a fixam à pelve. O prolapso pode incidir em três compartimentos: no compartimento anterior (descem a uretra e a bexiga), no médio (desce o útero) e no posterior (desce o reto).

URETROCELE 

É o prolapso da uretra, ou prolapso da parede vaginal anterior. Ocorre quando a uretra desliza fora do lugar, empurra também de encontro à parte dianteira da parede vaginal, mas empurra para baixo, perto da abertura da vagina. 

ENTEROCELE 

A enterocele é uma protusão do peritônio entre o reto e a vagina contendo intestino delgado. 

Enteroceles são classificadas pela posição da alça mais baixa durante esforço evacuatório na cinedefecografia. 

- Primeiro grau: está acima da linha pubococcígea;
- Segundo grau: está abaixo da linha pubococcígea, mas acima da linha isquiococcígea;
- Terceiro grau: está abaixo da linha isquiococcígea.

RETOCELE 

A retocele é uma protusão ou herniação do reto na parede posterior da vagina. Até o momento não há dados suficientes para estabelecer um sistema de classificação. Dados possivelmente relevantes incluem aspectos anatômicos, sintomas clínicos, e achados de cinedefecografia.

PROLAPSO VAGINAL

É causado pela fraqueza dos músculos do assoalho pélvico, é possível prevenir mantendo estes músculos fortalecidos, a partir dos exercícios específicos. O prolapso vaginal resulta, na maioria das vezes, do estiramento dos ligamentos uterossacrais externos à vagina, em mulheres que foram submetidas à histerectomia. 

TRATAMENTO

* O tratamento é eminentemente cirúrgico, onde é feita uma incisão nos MAP e o órgão reposicionado na cavidade pélvica. A reincidência ocorre em 60% dos casos. 

A cirurgia visa à correção total do defeito do assoalho pélvico no compartimento anterior, médio e posterior. 

* Tratamentos paliativos: uso de aparelhos intravaginais (risco de ferimentos na mucosa e infecções) e apenas exercícios.

CISTOCELE  

  • Definição

Prolapso ou da bexiga e parede anterior da vagina para dentro da cavidade vaginal.
  • Fatores de risco
-  Hereditários
- Alterações anatômicas e do tecido conjuntivo por defeitos ou lesões nos ligamentos suspensórios  ou nas fáscias
- Aumento da pressão abdominal e o trauma cirúrgico levando a um desenvolvimento da cistocele por outro compartimento operado.
-  Mulheres com filhos (quanto maior o número de partos, maior a descida vesical)
-  Obesidade
- Período de menopausa, pois ocorre uma diminuição da vascularização e de hormônios tornando fracos os MAP
-  Incidência entre  10% a 15% das mulheres -  25% têm casos de incontinência urinária
  • Sinais e sintomas
- Dor em regiões profundas da vagina, principalmente durante  o dia.
- A mulher tem a sensação de “algo descendo” ou “puxando para baixo”.
- Nos casos mais graves, a bexiga se projeta para fora do assoalho necessitando de tratamento cirúrgico.
- As pacientes se queixam com frequência de esvaziamento incompleto da bexiga, que predispõe a infecção.
-  Incontinência de urina do tipo por esforço.
-  Dispareunia.
  • Diagnóstico
- Inspeção
 - Exame Físico
 - Exames Complementares
  • Tratamento
O tratamento na cistocele pode ser cirúrgico (grau 3 e 4) ou conservador, evitando a queda total da bexiga através do fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico .
  • Fisioterapia
Objetivos
- Fortalecer os músculos do assoalho pélvico
- Reeducar a bexiga
- Melhorar a auto-estima
- Melhorar a qualidade de vida do paciente
- Intervir no pré e pós operatório, quando for necessário o  tratamento cirúrgico


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