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Fraturas das Mãos
e dos Dedos
- Fraturas
das falanges ou ossos metacárpicos: podem resultar em deformidade e/ou
rigidez das articulações, as quais podem ser muito incapacitantes. Além disso,
pode haver grave dano nos tecidos moles, que podem afetar músculos, vasos
sanguíneos e nervos. O principal problema para o tratamento fisioterápico são
as lesões por esmagamento que podem causar fraturas dos metacárpicos que
resultam em dor e edema.
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Tratamento Fisioterápico: tem como objetivos reduzir a tumefação,
evitar a formação de aderências e rigidez, manter a mobilidade das articulações
não afetadas, readquirir o movimento e a função.
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Fratura do
Escafóide
- Geralmente
ocorre em adultos jovens como resultado de queda sobre a mão em hiperextensão.
- A consolidação
geralmente é lenta e, em alguns casos, pode ocorrer pseudo-artrose.
- Se a fratura
estiver localizada na parte estreitada do osso, o suprimento sanguíneo do
segmento próxima fica prejudicado e pode surgir uma osteoartrite.
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Tratamento Fisioterápico: o tratamento é dispensável, porém o
fisioterapeuta deve estar alerta quanto a possíveis complicações se o
tratamento for necessário.
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Fraturas dos Ossos
do Antebraço
- Podem ocorrer
somente no rádio, na ulna ou em ambos os ossos. Se ambos os ossos estiverem
fraturados, pode ser resultado de violência direta ou indireta sobre a mão em
hiperextensão, havendo probabilidade de ocorrerem fraturas espirais. Em certos
casos, pode exigir uma redução que pode resultar em limitação da rotação e
conseqüente perda da função. Nas crianças, o dano pode não ser tão grave e elas
podem sofrer uma fratura em galho verde com discreta angulação, que normalmente
consolida sem complicações.
- Fraturas da
porção distal do rádio: são muito comuns em idosos, são geralmente provocadas
por uma queda sobre a mão em hiperextensão.
- Fraturas da
extremidade próxima do rádio: são menos freqüentes e tendem a ocorrer em
pessoas mais jovens após o choque direto ou de uma queda sobre a mão em
hiperextensão, que provoca fratura na cabeça do rádio.
- Fraturas
isoladas da ulna: não são tão comuns como as do rádio. Uma fratura da
extremidade próxima da ulna pode ocorrer em conjunto com luxação da cabeça do
rádio e esse tipo de lesão pode exigir uma redução a céu aberto.
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Tratamento Fisioterápico: objetivos: reduzir o edema, aumentar a ADM
dos dedos, evitar aderências, verificar limitações no movimento do ombro.
- Se a fratura
consolidou normalmente, sem qualquer deformidade residual, a tumefação foi
reduzida e o paciente usou o membro durante o período de imobilização, então a
recuperação pode ocorrer muito rapidamente. Contudo, pode haver rigidez do
punho e dos dedos e perda de supinação nas articulações radioulnares,
acompanhadas por fraqueza muscular, o que, então, requer um período de
reabilitação mais longo. Quanto aos idosos, o trabalho deve concentrar-se na
restauração da função para as atividades cotidianas. No entanto, muitos
pacientes idosos são muito ativos e o fisioterapeuta deve considerar as
necessidades de cada paciente.
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Fraturas do Braço
- Fraturas dos
côndilos do úmero: comuns em crianças, como resultado de uma queda. Uma fratura
supracondilar é o tipo mais comum e requer um tratamento muito cuidadoso por
causa das possíveis complicações. Após a redução, o braço deve ser imobilizado.
Algumas fraturas dos côndilos podem invadir as superfícies articulares e nessa
condição causar problemas adicionais. Uma das lesões mais sérias que podem
ocorrer é a lesão braquial, que pode ser seccionada ou contundida. A
deterioração da circulação requer tratamento de emergência, pois a oclusão pode
provocar efeitos irreversíveis dentro de poucas horas. Se a circulação não for
restaurada, pode desenvolver-se contratura isquêmica de Volkmann. Outro
problema que pode surgir é a ossificação pós-traumática. Se houver lesão grave,
fragmentos do periósteo podem ser deslocados do osso, resultando em sangramento
e formação de hematoma. Os primeiros sinais que a ossificação está se
desenvolvendo podem ser dor e perda de movimento.
- As fraturas
que se estendem para as superfícies articulares e causam lesão da cartilagem
podem provocar uma rigidez permanente, levar ao desenvolvimento da osteoartrose
ou ambos.
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Fraturas na
Diáfise do Úmero
- Geralmente
ocorrem no terço médio do osso e podem ser devidas a trauma direto ou indireto.
- Trauma direto:
gera uma fratura oblíqua ou transversal com ou sem desvio dos fragmentos e, às
vezes, apresenta-se como uma fratura cominutiva.
- Trauma
indireto: tende a imprimir uma força rotacional que resulta em uma fratura
espiral, a qual geralmente consolida mais rapidamente que uma fratura
transversal.
- Complicações:
retardo de consolidação ou a pseudo-artrose.
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Tratamento Fisioterápico: na fase de imobilização, o tratamento
depende do tipo de fixação e se os movimentos do ombro são permitidos. Os
movimentos dos dedos e as contrações estáticas para os músculos que atuam sobre
as articulações imobilizadas devem começar imediatamente e continuar por todo
esse período. Se o paciente for capaz de fazê-los sozinho, não há necessidade
de freqüentar o fisioterapeuta até que o aparelho de fixação seja removido. No
entanto, se os movimentos do ombro são iniciados precocemente, o paciente pode
precisar de ajuda do fisioterapeuta. As sessões podem começar com movimentos
ativos assistidos e mudar para ativos livres quando o paciente tiver potência
muscular suficiente para tanto e não sentir nenhuma dor. Os movimentos de
abdução e rotação devem vir por último.
- Uma vez
consolidada a fratura, o paciente deve ser reavaliado e o tratamento para
readquirir o arco total de movimento deve ser iniciado, para a cintura
escapular, articulação do ombro e do cotovelo. A potência muscular deve ser
normalizada com exercícios progressivos, embora seja preciso ter cuidado, no inicio
desse estágio, para não pressionar o local da fratura.
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Fraturas da Extremidade Próxima do Úmero
- Fraturas do
tubérculo maior: geralmente são causadas por uma queda sobre o ombro e podem
ocorrer em qualquer idade. Se não houver desvio dos fragmentos, o aparelho de
fixação é desnecessário, mas o paciente deve usar tipóia ou colar com manguito
para aliviar a dor. Essa fratura pode levar à síndrome do arco doloroso,
particularmente se houver uma área espessada de osso, que interfere com a
abdução.
- Fraturas do
colo cirúrgico: geralmente ocorrem nas pessoas idosas, como resultado de uma
queda sobre a mão em
superextensão. Uma complicação pode ser a lesão do nervo
axilar, que resulta em neuropraxia ou axonotmese.
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Tratamento Fisioterápico: a mobilização precoce evita o
desenvolvimento do ombro rígido e deve ser iniciada logo que a dor diminui o
suficiente para permitir os movimentos. O tratamento deve sempre ser guiado por
movimentos funcionais, de modo que o paciente possa ficar independente o mais
rapidamente possível.
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Fraturas da
Clavícula e Escápula
Essas fraturas
raramente requerem fisioterapia, a menos que as complicações levem a uma
redução do arco de movimento na cintura escapular ou na articulação do ombro e
fraqueza muscular.
Fonte:
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/blair_art4.htm
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