INCONTINÊNCIA FECAL
·
Definição
É a incapacidade de controlar a eliminação das
fezes.
·
Predominância
A incontinência fecal predomina nas mulheres
principalmente por causa do trabalho de parto que determina o estiramento e a
degeneração parcial do nervo pudendo.
Outra causa importante é a prisão de ventre mais
comum no sexo feminino.
Acima dos 70 anos, a incontinência fecal se
manifesta igualmente nos dois sexos.
·
Fatores
de risco
- Diarréia
- Constipação crônica
- Obesidade
- Radioterapia
- Etiopatogenia
- Adquirida pelo enfraquecimento
da musculatura do assoalho pélvico;
- Alteração do ângulo anorretal
que, com a idade, torna-se mais obtuso;
- Doenças inflamatórias;
- Esclerose múltipla;
- Diabetes;
- AVC;
- TCE;
- TRM;
- Alzheimer;
- Traumas.
- Diagnóstico
- Exame proctológico: permite avaliar a flacidez
do ânus,
- Retossigmoidoscopia: visualiza a parte interna
das porções mais baixas do intestino.
- Exames complementares: eletromanometria,
miografia (Medida do Tempo de Latência do Nervo Pudendo), US endoanal; EMG; RM;
videodefecografia.
·
Tratamento
1. Tratamento clínico: dieta e medicamentos
específicos para a diarréia e para o aumento bolo do fecal nos casos de prisão
de ventre. Antidepressivos e pomadas que melhoram a sensibilidade anal também
ajudam. O biofeedback é um auto-treinamento para o paciente descobrir o nível
de contração necessário para fechar o ânus.
2. Tratamento cirúrgico: é indicado quando o
quadro exige transposição dos músculos e para a implantação de um esfíncter
artificial.
3. Tratamento Fisioterapêutico:
- Terapia comportamental: dieta,
aumento do consumo de fibras, diário intestinal;
- Biofeedback EMG: não invasivo,
capacita o paciente a readquirir o controle voluntário sobre seus músculos
estriados;
- Eeletroestimulação das raízes
sacrais;
- Eletroterapia: fortalecimento
perineal, diminuição das contrações do reto, 15-30 min de aplicação, tempo de
trabalho/resposta 1:2;
- TENS;
- Cinesioterapia: contrações rápidas,
lentas, exercícios de Kegel, exercícios abdominais, exercícios posturais;
- Treinamento retal com balonete.
CONTINÊNCIA FECAL
- Condições
- Pressão de fechamento anal
adequada;
- Estrutura anatômica do reto
intactas;
- Peristaltismo intestinal
adequado;
- Controle neurológico normal.
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
· Definição
Refere-se a fezes excessivamente
duras e pequenas, eliminadas infreqüentemente ou sob excessivo esforço
defecatório. Ocorrendo quando o paciente evacua até duas vezes por semana
(menos de uma vez a cada 3-4 dias) ou há excessiva dificuldade para defecar.
Outro conceito seria a diminuição
do conteúdo líquido das fezes, ou seja, menos de 70% de água em seu peso total.
· Classificação
- Simples: de curta duração, com
desencadeante casual e recente, como mudança alimentar, pós-operatório, quadros
febris, medicação.
- Crônica: idiopática, de longa
evolução, sem causa congênita conhecida, que pode mostrar alterações da
motricidade.
- Orgânica: com alteração
estrutural, com evolução rápida ou crônica.
·
Etiologia
- Estilo de vida: baixa ingestão líquida e de
fibra alimentar, sedentarismo;
-Antidepressivos, antitussígenos,
analgésicos opiáceos (codeína, morfina), antiparkinsonianos,
anti-hipertensivos, antiácidos contendo alumínio, preparados com cálcio.
- Hipotireoidismo, diabete,
insuficiência renal crônica.
- Patologias neurológicas e
musculares.
- estreitamento do intestino
grosso.
·
Sintomas
- Esforço
- Fezes duras
- Sensação de evacuação incomleta
- Manobras manuais para facilitar
- Menos de 3 defecações por
semana.
· Diagnóstico
- História clínica: Os pacientes
devem ser perguntados sobre seu hábito evacuatório ao longo dos tempos,
incluindo em que parte do dia, o tempo que leva para se aliviar e o número de
evacuações (por dia? por semana?), além do possível uso de laxantes por longos
períodos, anos talvez. Também são de ajuda à compreensão médica as
características das fezes (consistência, volume, cor, cheiro), a presença de
produtos patológicos, como muco, sangue e pus. Assim, cabe ser esclarecido, o
quanto possível, sobre o que o indivíduo sente e observa, inclusive variações
do peso corporal.
- Avaliação
- Exame físico: toque retal e a
retoscopia.
- Exames complementares: podem
indicar anemia ou inflamação.
- Testes funcionais: tempo de trânsito
colômico, manometria anoretal, eletromiografia, videodefecografia.
- Tratamento
- Educação do paciente
- Aumento da ingestão de água
- Dieta rica em fibra
- Ginástica hipopressiva
- Massoterapia
- Cinesioterapia
- Biofeedback: melhorar a função
muscular, normalizar tônus, relaxamento do assoalho pélvico.
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