A maior parte dos hormônios da gravidez é secretada pela própria
placenta.
Dois desses hormônios são o estrogênio e a progesterona, que são
hormônios sexuais femininos secretados pelos ovários durante o ciclo menstrual
feminino normal. Além desses, dois outros hormônios também são importantes para
a gravidez: a gonadotropina coriônica e a somatomamotropina coriônica humana.
Esses hormônios atuam tanto sobre a mãe quanto sobre o feto. Na mãe ajuda a
controlar as alterações do útero e das mamas que são necessárias para assegurar
a vida fetal até seu desenvolvimento e de promover a produção de leite. Também
ajudam a regular o desenvolvimento do próprio feto, especialmente de seus
órgãos sexuais.
SECREÇÃO DE ESTROGÊNIO E
PROGESTERONA DURANTE A GRAVIDEZ
A secreção placentária desses dois hormônios começa dentro de poucas semanas após o início da gravidez e aumenta após a 16ª semana de gravidez, atingindo o seu máximo pouco antes do nascimento do feto.
Funções do
estrogênio durante a gravidez:
- Na mãe provoca
rápida proliferação da musculatura uterina,
- Aumenta o
crescimento do sistema vascular para o útero,
- Dilata os
órgãos sexuais externos e o orifício vaginal, o que provê uma via adequadamente
maior para a passagem do feto,
- Relaxamento
os ligamentos pélvicos que permitem a dilatação do canal pélvico com passagem
do feto,
- Promove o
crescimento rápido das mamas,
- Promove a
deposição de quantidade adicional de gordura nas mamas.
FUNÇÕES DA PROGESTERONA DURANTE A GRAVIDEZ
- Torna disponíveis para o uso fetal as quantidades adicionais de nutrientes que ficam armazenadas no endométrio. Isso é realizado para fazer com que essas células do endométrio armazenem glicogênio, gorduras e aminoácidos.
- Exerce
potente efeito inibidor sobre a musculatura uterina, fazendo com que permaneça
relaxada durante toda a gravidez.
- Complementa
os efeitos do estrogênio sobre as mamas, ou seja, faz com que os elementos
glandulares fiquem ainda maiores e formem um epitélio secretor, e promove a
deposição de nutrientes nas células glandulares, de modo que, quando a produção
de leite for necessária, todos os elementos que devem participar dessa produção
estejam disponíveis.
SECREÇÃO E FUNÇÃO DA GONADOTROPINA CORIÔNICA
DURANTE A GRAVIDEZ
Se o corpo
lúteo degenera ou é removido do ovário durante os 2 ou 3 primeiros meses de
gravidez, a perda de estrogênio e progesterona que são secretados por este
corpo lúteo faz com que o feto pare de se desenvolver e seja eliminado dentro
de poucos dias. Por esta razão é necessário que o corpo lúteo permaneça ativo,
pelo menos, durante o primeiro terço da gravidez. Além desse período, a remoção
do corpo lúteo geralmente não mais afeta o curso da gravidez, já que, a esse
tempo a placenta já está secretando tanto estrogênio e tanta progesterona
quanto estaria o corpo lúteo.
A
gonadotrofina coriônica começa a ser formada a partir do dia em que os
trofoblastos implantam no endométrio uterino. Sua concentração é máxima
aproximadamente durante a 8ª semana de gravidez. Dessa forma sua concentração é
mais elevada exatamente no período em que é essencial impedir a involução do
corpo lúteo. Nas partes média e tardia da gravidez, a secreção da gonadotropina
coriônica cai até valores muito menores. A essa época da gravidez, sua única
função conhecida é a de estimular a secreção de testosterona pelo testículo
fetal e tem papel muito importante no desenvolvimento do feto masculino.
SECREÇÃO E FUNÇÕES DA SOMATOMAMOTROPINA CORIÔNICA
HUMANA
É uma
proteína pequena que começa a ser secretada a partir da 5ª semana da gravidez,
aumentando progressivamente durante todo o resto da gravidez.
O efeito
desse hormônio é o de promover o crescimento do feto, semelhante ao efeito do
hormônio do crescimento, produzido pela hipófise anterior. Contudo esse efeito é
fraco.
Esse hormônio
diminui a utilização de glicose pela mãe, e, portanto, a torna mais disponível,
e em maior quantidade, pelo feto. Ao mesmo tempo promove uma mobilização
aumentada de ácidos graxos dos tecidos adiposos da mãe, de modo que possa usar
essa gordura para sua própria energia, em lugar da glicose.
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