quinta-feira, 11 de abril de 2013

ALZHEIMER



DEFINIÇÃO:

É uma doença degenerativa que destrói células do cérebro lenta e progressivamente, sendo caracterizada por perda gradativa da função cognitiva, com distúrbios afetivos e comportamentais.
ETIOLOGIA

- Existem várias TEORIAS, porém, de concreto, aceita-se que seja uma doença geneticamente determinada, não necessariamente hereditária.

- Genética: mutação do cromossomo 21(5%); mutação do cromossomo 19- APO-E4 (70%); cromossomo 1 e 14.

FATORES DE RISCO

- Sexo;
- TCE;
- Idade;
- Idade dos pais por ocasião ao nascimento;
- Baixo nível educacional;
- Síndrome de Down em família de 1º grau.

Cerca de 10% das pessoas com mais de 65 anos e 25% com mais de 85 anos podem apresentar algum sintoma dessa enfermidade e são inúmeros os casos que evoluem para demência. Feito o diagnóstico, o tempo médio de sobrevida varia de 8 a 10 anos.

FISIOPATOLOGIA

- Formação de placas senis e dos emaranhados neurofibrilares.
- Perda neuronal da substância cinzenta cortical.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

- Comprometimento da Memória
- Déficits Visuais e Espaciais
- Manifestações de Ordem Motora: Agnosia, Apraxia
- Perda da iniciativa – passividade
- Distúrbios da Linguagem
- Alterações de Comportamento
- Declínio na Capacidade de Realizar AVD’s
- Deterioração gradual da função intelectual
- Alterações na personalidade
- Desorientação no Tempo e Espaço
- Incapacidade de Julgar Situações

FASES PROGRESSIVAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER

  • Estágio Inicial:
- Perda da memória recente,
- Incapacidade de aprender e reter informações novas,
- Problemas de linguagem,
- Labilidade de humor,
- Alterações de personalidade.
- Dificuldade progressiva para desempenhar as AVD’s,
- Irritabilidade,
- Agitação,
- O estágio inicial, no entanto, pode não comprometer a sociabilidade.

  • Estágio Intermediário:
- Completamente incapaz de aprender e lembrar de informações novas,
- Se perdem constantemente,
- Embora continuem a deambular, estão em risco significativo de quedas ou acidentes.
- Pode precisar de assistência nas AVDs,
- Perambulação,
- Agitação,
- Hostilidade,
- Falta de cooperação,
- Agressividade física.
- Neste estágio, o paciente já perdeu todo o senso de tempo e lugar.

  • Estágio grave ou terminal:
- Incapaz de andar,
- Totalmente incontinente,
- Incapaz de desempenhar qualquer AVD.
- Podem ser incapazes de deglutir e podem necessitar de alimentação por sonda nasogastrica.
- Estão em risco de pneumonia, desnutrição e necrose da pele por pressão.

DIAGNÓSTICO

- Não há um teste diagnóstico definitivo para a doença de Alzheimer. A doença só pode ser realmente diagnosticada na autopsia. Médicos baseiam o diagnóstico no levantamento minucioso do histórico pessoal e familiar, em testes psicológicos e por exclusão de outros tipos de doenças mentais. Mesmo assim, estima-se que o diagnóstico possa estar equivocado em 10% dos casos.

- Diagnóstico Clínico: Exames de sangue e imagens cerebrais (Ressonância; Tomografia – PET, SPECT).
TRATAMENTO

Até o momento, a doença permanece sem cura. O objetivo do tratamento é minorar os sintomas. Atualmente, estão sendo desenvolvidos medicamentos que, embora em fase experimental, sugerem a possibilidade de controlar a doença.

Tratamento Farmacológico:

- Mediadores de acetilcolinesterases: Dopenezil (Erans), Rivastigmina (Exelon) e Galantamina (Reminyl), receitados pelos médicos na fase leve e moderada da doença.

- Antiglutamatérgicos: Memantina (Ebix e Alois). Medicação normalmente utilizada numa fase mais adiantada da doença.

Tratamento não farmacológico

- Fisioterapia
- Orientação Nutricional;
- Terapia Cognitiva Comportamental: (através de jogos, quebra-cabeça).
- Atividade Física Orientada.

FISIOTERAPIA


   Designa a habilitar o indivíduo comprometido funcionalmente, a novamente desempenhar suas AVDs, da melhor maneira e pelo menor tempo possível, com mais autonomia. Os principais aspectos da assistência são preventivos, elaborados para manter o indivíduo mais ativo e independente possível. No maior grau que for possível, a atividade deve ser encorajada para manter a força, ADM e estado de alerta.


Objetivos:


- Diminuir a progressão e efeitos dos sintomas da doença,
- Evitar ou diminuir complicações e deformidades,
- Manter as capacidades funcionais do paciente (sistema cardiorrespiratório),
- Manter ou devolver a ADM funcional das articulações,
- Evitar contraturas e encurtamento musculares (imobilização no leito),
- Evitar a atrofia por desuso e fraqueza muscular,
- Incentivar e promover o funcionamento motor e mobilidade,
- Orientação sobre as posturas corretas,
- Treino do padrão da marcha,
- Trabalhar os padrões do funcionamento sistema respiratório (fala, respiração, expansão e mobilidade torácica),
- Manter ou recuperar a independência funcional nas atividades de vida diária.


Conduta Proposta:

- Jogos de memória, formas e cores dinâmicas e músicas;
- Treino das AVD’s e atividades funcionais;
- Alongamento, mobilização passiva, treino de transferência, posicionamento no leito;
- Exercícios ativos, ativos assistidos e resistidos;
- Exercícios com bastões, bolas, cones;
- Transferência e descarga de peso;
- Treino de padrão respiratório;
- Trabalho de condicionamento aeróbico, caminhada, bicicleta estacionária;
- Treino de marcha com marca passo, cones; subir-descer escadas;







Nenhum comentário:

Postar um comentário