DEFINIÇÃO:
É uma doença degenerativa que destrói células
do cérebro lenta e progressivamente, sendo caracterizada por perda gradativa da
função cognitiva, com distúrbios afetivos e comportamentais.
ETIOLOGIA
- Existem várias TEORIAS, porém, de concreto, aceita-se que seja uma
doença geneticamente determinada, não necessariamente hereditária.
- Genética: mutação do cromossomo 21(5%); mutação do cromossomo 19-
APO-E4 (70%); cromossomo 1 e 14.
FATORES DE RISCO
- Sexo;
- TCE;
- Idade;
- Idade dos pais por ocasião ao nascimento;
- Baixo nível educacional;
- Síndrome de Down em família de 1º grau.
Cerca de 10%
das pessoas com mais de 65 anos e 25% com mais de 85 anos podem apresentar
algum sintoma dessa enfermidade e são inúmeros os casos que evoluem para
demência. Feito o diagnóstico, o tempo médio de sobrevida varia de 8 a 10 anos.
FISIOPATOLOGIA
- Formação de placas senis e dos emaranhados neurofibrilares.
- Perda neuronal da substância
cinzenta cortical.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
- Comprometimento da Memória
- Déficits Visuais e Espaciais
- Manifestações de Ordem Motora: Agnosia, Apraxia
- Perda da iniciativa – passividade
- Distúrbios da Linguagem
- Alterações de Comportamento
- Declínio na Capacidade de Realizar AVD’s
- Deterioração gradual da função intelectual
- Alterações na personalidade
- Desorientação no Tempo e Espaço
- Incapacidade de Julgar Situações
FASES PROGRESSIVAS DA
DOENÇA DE ALZHEIMER
- Estágio Inicial:
- Perda da memória recente,
- Incapacidade de aprender e
reter informações novas,
- Problemas de linguagem,
- Labilidade de humor,
- Alterações de personalidade.
- Dificuldade progressiva para
desempenhar as AVD’s,
- Irritabilidade,
- Agitação,
- O estágio inicial, no entanto,
pode não comprometer a sociabilidade.
- Estágio Intermediário:
- Completamente incapaz de
aprender e lembrar de informações novas,
- Se perdem constantemente,
- Embora continuem a deambular, estão
em risco significativo de quedas ou acidentes.
- Pode precisar de assistência
nas AVDs,
- Perambulação,
- Agitação,
- Hostilidade,
- Falta de cooperação,
- Agressividade física.
- Neste estágio, o paciente já
perdeu todo o senso de tempo e lugar.
- Estágio grave ou terminal:
- Incapaz de andar,
- Totalmente incontinente,
- Incapaz de desempenhar qualquer
AVD.
- Podem ser incapazes de deglutir
e podem necessitar de alimentação por sonda nasogastrica.
- Estão em risco de pneumonia,
desnutrição e necrose da pele por pressão.
DIAGNÓSTICO
- Não há um teste diagnóstico definitivo para a doença de
Alzheimer. A doença só pode ser realmente diagnosticada na autopsia. Médicos
baseiam o diagnóstico no levantamento minucioso do histórico pessoal e
familiar, em testes psicológicos e por exclusão de outros tipos de doenças
mentais. Mesmo assim, estima-se que o diagnóstico possa estar equivocado em 10%
dos casos.
- Diagnóstico Clínico: Exames de sangue e imagens cerebrais (Ressonância;
Tomografia – PET, SPECT).
TRATAMENTO
Até o momento, a doença permanece sem cura. O
objetivo do tratamento é minorar os sintomas. Atualmente, estão sendo
desenvolvidos medicamentos que, embora em fase experimental, sugerem a
possibilidade de controlar a doença.
Tratamento Farmacológico:
- Mediadores de
acetilcolinesterases: Dopenezil (Erans), Rivastigmina (Exelon) e
Galantamina (Reminyl), receitados pelos médicos na fase leve e moderada da
doença.
- Antiglutamatérgicos:
Memantina (Ebix e Alois). Medicação normalmente utilizada numa fase mais
adiantada da doença.
Tratamento não farmacológico
- Fisioterapia
- Orientação Nutricional;
- Terapia Cognitiva
Comportamental: (através de jogos, quebra-cabeça).
- Atividade Física Orientada.
FISIOTERAPIA
Designa a habilitar o indivíduo comprometido
funcionalmente, a novamente desempenhar suas AVDs, da melhor maneira e pelo
menor tempo possível, com mais autonomia. Os principais aspectos da assistência
são preventivos, elaborados para manter o indivíduo mais ativo e independente
possível. No maior grau que for possível, a atividade deve ser encorajada para
manter a força, ADM e estado de alerta.
Objetivos:
- Diminuir a progressão e efeitos dos sintomas da doença,
- Evitar ou diminuir complicações e deformidades,
- Manter as capacidades funcionais do paciente (sistema cardiorrespiratório),
- Manter ou devolver a ADM funcional das articulações,
- Evitar contraturas e encurtamento musculares (imobilização no leito),
- Evitar a atrofia por desuso e fraqueza muscular,
- Incentivar e promover o funcionamento motor e mobilidade,
- Orientação sobre as posturas corretas,
- Treino do padrão da marcha,
- Trabalhar os padrões do funcionamento sistema respiratório (fala, respiração, expansão e mobilidade torácica),
- Manter ou recuperar a independência funcional nas atividades de vida diária.
Conduta Proposta:
- Jogos de memória, formas e
cores dinâmicas e músicas;
- Treino das AVD’s e atividades
funcionais;
- Alongamento, mobilização
passiva, treino de transferência, posicionamento no leito;
- Exercícios ativos, ativos
assistidos e resistidos;
- Exercícios com bastões, bolas,
cones;
- Transferência e descarga de
peso;
- Treino de padrão respiratório;
- Trabalho de condicionamento
aeróbico, caminhada, bicicleta estacionária;
- Treino de marcha com marca
passo, cones; subir-descer escadas;
Nenhum comentário:
Postar um comentário