DEFINIÇÃO
É uma doença inflamatória
crônica do SNC, caracterizada por placas de degeneração disseminadas, e uma
sintomatologia polimorfa, que evolui por surtos, e que varia de um momento para
outro de sua evolução.
Por motivos genéticos ou
ambientais, na esclerose múltipla, o sistema imunológico começa a agredir a
bainha de mielina que recobre os neurônios e isso compromete a função
do sistema nervoso. A característica mais importante da esclerose múltipla
é a imprevisibilidade dos surtos.
ANATOMIA PATOLÓGICA
A lesão evolui
em 2 etapas: a desmielinização inicial total ou parcialmente reversível e a
esclerose irreversível mais tardia
EPIDEMIOLOGIA:
- Acomete mais mulheres, brancas,
com idade entre 20 e 40 anos.
- Pessoas com história familiar têm
o risco de 5 a
10x maior
- É mais comum nas regiões
temperadas.
ETIOLOGIA:
Sua etiologia
ainda é desconhecida, mas há 3 teorias prováveis: Auto –imune; viral e hereditariedade.
EVOLUÇÃO CLÍNICA/PATOLÓGICA
A fase inicial da
esclerose múltipla é bastante sutil. Os sintomas são transitórios, podem
ocorrer a qualquer momento e duram aproximadamente uma semana. Tais características
fazem com que o paciente não dê importância às primeiras manifestações da
doença que é remitente-recorrente, ou seja, os sintomas vão e voltam
independentemente do tratamento.
A pessoa pode passar dois
ou três anos apresentando pequenos sintomas sensitivos, pequenas turvações
da visão ou pequenas alterações no controle da urina sem dar importância a
esses sinais, porque, depois de alguns dias eles desaparecem. Com a
evolução do quadro, aparecem sintomas sensitivos, motores e cerebelares
de maior magnitude representados por fraqueza, entorpecimento ou formigamento
nas pernas ou de um lado do corpo, diplopia (visão dupla) ou perda
visual prolongada, desequilíbrio, tremor e descontrole dos esfíncteres.
SINAIS E SINTOMAS MAIS FREQUENTES:
DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico é
basicamente clínico, complementado por exames de imagem, por exemplo, a
ressonância magnética.
- Caráter multifocal das lesões
- Evolução por crises
- Exame do líquor: aumento de
linfócitos
PROGNÓSTICO:
Mais
favorável: mulheres,início antes dos 35 anos,acometimento monoregional e
recuperação completa após crise.
Sobrevida
média de 20 anos.
TRATAMENTO CLÍNICO:
Uma vez confirmado o
diagnóstico de esclerose múltipla, uma doença inflamatória desmielizante, com
manifestação remitente-recorrente, o tratamento tem dois objetivos principais:
abreviar a fase aguda e tentar aumentar o intervalo entre um surto e
outro. No primeiro caso, os corticosteroides são drogas úteis para reduzir
a intensidade dos surtos. No segundo, os imunossupressores e
imunomoduladores ajudam a espaçar os episódios de recorrência e o impacto
negativo que provocam na vida dos portadores de esclerose múltipla, já que
é quase impossível eliminá-los com os tratamentos atuais.
TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO
- Objetivo:
A reabilitação é dirigida para
maximizar a função evitando complicações secundárias,capacitando os doentes a
perceber seu potencial mais elevado e melhorando sua qualidade de vida de modo
geral.
- Estratégias de tratamento:
- Emprego de técnicas de conservação de
energia
-
Planejamento da atividade
- Adaptação ao ambiente de trabalho
- Aumento da resistência cardiovascular
- Períodos de repouso ao sentir início de
cansaço.
- Condutas:
DEPENDE DOS SINTOMAS CLÍNICOS
- Equipe multidisciplinar:
- Médico (neurologista)
- Terapia Ocupacional
- Fonoaudiologia
- Psicologia
- Nutrição
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