segunda-feira, 8 de abril de 2013

ESPONDILITE ANQUILOSANTE




DENIFIÇÃO

Espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica, que afeta as articulações do esqueleto axial, especialmente as da coluna, quadris, joelhos e ombros. Ela afeta, em primeiro lugar, as articulações sacro-ilíacas entre a coluna e os ossos da pelve e com o tempo, ela faz com que os ossos da coluna vertebral se unam.

 Nos quadros mais graves, podem ocorrer lesões nos olhos (uveíte), coração (doença cardíaca espondilítica), pulmões (fibrose pulmonar), intestinos (colite ulcerativa) e pele (psoríase).

ETIOLOGIA E PREVALÊNCIA

- A etiologia é desconhecida, mas os fatores genéticos parecem ser determinantes.
- Surge mais frequentemente entre os 20 e os 40 anos de idade, mas pode desenvolver-se na infância.
- Ela afeta mais homens do que mulheres. 

QUADRO CLÍNICO

- Sintoma inicial característico: Lombossacralgia.
- Caráter da dor - Início unilateral e intermitente
- Palpação: Presença de dor e sensibilidade em processos espinhosos, crista ilíaca.
- Ascendência
- Artrites Periféricas: Coxofemurais bilateral, Joelhos, Ombros
- Limitação da ADM desde o início da doença
- Dor ou rigidez na parte inferior do dorso, especialmente de manhã ou após períodos de inatividade.
- A rigidez melhora frequentemente com a atividade.
- Outros sintomas: fadiga, febre, perda do apetite, perda de peso.

DIAGNÓSTICO

- O diagnóstico leva em conta os sinais e sintomas, os resultados de exames laboratoriais de sangue e os achados radiográficos nas articulações da região sacroilíaca. 

- O diagnóstico precoce é de extrema importância para evitar a progressão da doença e suas complicações.

- Os exames para a espondilite anquilosante podem incluir: Hemograma completo, taxa de sedimentação de eritrócitos (TSE), Antígeno HLA-B27 (este gene é encontrado mais frequentemente em pessoas com espondilite anquilosante do que nas outras pessoas. No entanto, a presença do gene HLA-B27 não significa que a pessoa tem ou irá desenvolver uma espondilite anquilosante), raios X da coluna vertebral e da pelve, Ressonância magnética da coluna vertebral.

- Presença de Sacroileíte - Diagnóstico definitivo

- Pode haver presença de Osteoporose vertebral

- Critérios Clínicos :
          Lombalgia e Rigidez- Duração maior que 3 meses e sem alívio com o repouso
          Dor na região torácica
          Limitação de movimento na coluna lombar
          Presença de sacroileíte + sindesmofitose  (Coluna em “Bambu”  -  Fusão vertebral)


- A “coluna de bambu” pode dificultar a inspiração profunda, uma vez que a rigidez da coluna e das articulações entre as costelas e o esterno dificultam a expansão do tórax.

- Em casos raros, a inflamação dos pulmões causa falta de ar e a inflamação dos olhos pode provocar uma diminuição da acuidade visual com olhos vermelhos e dolorosos. 

 - A dor e a rigidez na região lombosacra podem causar problemas na marcha. 

TRATAMENTO

- Entre os medicamentos indicados merecem destaque os antiinflamatórios não-esteroidais, os analgésicos e os relaxantes musculares. A sulfasalazina tem-se mostrado eficaz para retardar a evolução da doença.

- O acompanhamento fisioterápico é fundamental para o portador da enfermidade manter um programa de exercícios posturais e respiratórios, a fim de fortalecer os músculos e favorecer a mobilidade das juntas.

FISIOTERAPIA

- Visa o controle dos sintomas inflamatórios, associado a um programa de exercícios que mantêm e melhoram a mobilidade da coluna e a postura, minimizam as deformidades e diminuem as incapacidades físicas.

- Os exercícios respiratórios podem ajudar a manter a capacidade pulmonar.

- OBJETIVOS:
*         Diminuir a dor / Rigidez / Fadiga
*         Minimizar deformidades e incapacidades
*         Manter e aumentar a mobilidade do tronco e das art. periféricas
*         Aumentar a força muscular
*         Melhorar ou manter as condições respiratórias e o condicionamento físico
*         Melhorar a postura
*         Manter o nível de capacidade funcional
*         Educar e orientar o pcte
*         Melhorar a qualidade de vida.

-RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS

A- TERMOTERAPIA
- Calor promove analgesia e relaxamento, reduz espasmos musculares, levando a um aumento da flexibilidade muscular e de estruturas periarticulares, e facilita a realização dos exercícios.

B- ELETROTERAPIA
- TENS é aceita como um método efetivo de controle da dor em doenças agudas e crônicas. A TENS Burst promove um alívio da dor permanente de 2 a 18 horas.

C- MASSOTERAPIA
- É a técnica mais utilizada nas dores lombar e cervical, e é considerada útil no tto da EA, graças ao efeito local(músculo) e central(relaxamento psíquico). Resultando na diminuição da dor, facilitando a função.

 D- HIDROTERAPIA
- Provoca relaxamento e alívio da dor, facilitando os movs., melhorando ou mantendo a ADM em geral;
- Facilita o alongamento para evitar contraturas e deformidades,
- Aumenta a força muscular, ajuda na respiração,
- Melhora o condicionamento cardiovascular, treino o equilíbrio.

E- CINESIOTERAPIA
- Exercícios Ativos
*         Melhoram a postura e o estado geral do paciente;
*         Reduzem o estresse e favorecem o sono
*         Melhora a dor.
- Alongamento: Evitam as prováveis deformidades.
-Conscientização Postural
– Questionários

a) HAQ-s(Health Assessment Questionnaire for the Spondyloarthropathies): avalia qualidade de vida; composto por 20 itens subdivididos em 8 categorias, cada questão vale de 0 (sem comprometimento funcional) a 3 (tarefa incapacitante); 

b) BASFI (Bath Ankylosing Spondylitis Functional Index): consiste de 10 questões, sendo 8 associadas a atividades relativas à capacidade funcional dos pacientes e 2 que avaliam a capacidade de integração do paciente nas AVDs ; o indíce final, que varia de 0 a 10, é capaz de detectar a exarcebação e remissão dos sintomas durante a terapia com antiinflamatórios não hormonal.

c) BASDAI – The Bath Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index): Consiste em 6 perguntas, que avaliam 5 sintomas: fadiga, dor na coluna, dor e inflamação articular(excluindo-se a coluna vertebral), àreas de dor e rigidez matinal. Quanto maior a pontuação, maior é o grau da atividade de EA.

PROGNÓSTICO

As pessoas com espondilite anquilosante geralmente apresentam períodos alternados de melhoria e agravamento dos sintomas.

Com o tratamento, os sintomas podem geralmente ser aliviados ou controlados, para que o doente possa ter uma vida normal e produtiva. No entanto, mesmo com o tratamento, o doente pode desenvolver problemas posturais e de mobilidade permanentes.

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