DENIFIÇÃO
Espondilite
anquilosante é uma doença inflamatória crônica, que afeta as articulações
do esqueleto axial, especialmente as da coluna, quadris, joelhos e ombros. Ela afeta,
em primeiro lugar, as articulações sacro-ilíacas entre a coluna e os ossos da
pelve e com o tempo, ela faz com que os ossos da coluna vertebral se unam.
Nos
quadros mais graves, podem ocorrer lesões nos olhos (uveíte), coração (doença
cardíaca espondilítica), pulmões (fibrose pulmonar), intestinos
(colite ulcerativa) e pele (psoríase).
ETIOLOGIA E PREVALÊNCIA
-
A etiologia é desconhecida, mas os fatores genéticos parecem ser determinantes.
- Surge mais frequentemente entre os 20
e os 40 anos de idade, mas pode desenvolver-se na infância.
-
Ela afeta mais homens do que mulheres.
QUADRO CLÍNICO
- Sintoma inicial característico: Lombossacralgia.
- Caráter da dor - Início unilateral e intermitente
- Palpação: Presença de dor e sensibilidade em processos espinhosos, crista
ilíaca.
- Ascendência
- Artrites Periféricas: Coxofemurais bilateral, Joelhos, Ombros
- Limitação da ADM desde o início da doença
- Dor ou rigidez na parte
inferior do dorso, especialmente de manhã ou após períodos de inatividade.
- A rigidez melhora
frequentemente com a atividade.
- Outros sintomas: fadiga, febre, perda do apetite, perda de peso.
DIAGNÓSTICO
- O diagnóstico leva em conta os
sinais e sintomas, os resultados de exames laboratoriais de sangue e os
achados radiográficos nas articulações da região sacroilíaca.
- O diagnóstico precoce é de
extrema importância para evitar a progressão da doença e suas complicações.
-
Os exames para a espondilite anquilosante podem incluir: Hemograma completo, taxa
de sedimentação de eritrócitos (TSE), Antígeno HLA-B27 (este gene é
encontrado mais frequentemente em pessoas com espondilite anquilosante do que
nas outras pessoas. No entanto, a presença do gene HLA-B27 não significa que a
pessoa tem ou irá desenvolver uma espondilite anquilosante), raios X da coluna vertebral e da pelve, Ressonância
magnética da coluna vertebral.
- Presença de Sacroileíte - Diagnóstico definitivo
- Pode haver presença de Osteoporose vertebral
- Critérios Clínicos :
•
Lombalgia
e Rigidez- Duração maior que 3 meses e sem alívio com o repouso
•
Dor na
região torácica
•
Limitação
de movimento na coluna lombar
•
Presença
de sacroileíte + sindesmofitose (Coluna
em “Bambu” - Fusão vertebral)
-
A “coluna de bambu” pode dificultar a inspiração profunda, uma vez que a
rigidez da coluna e das articulações entre as costelas e o esterno dificultam a
expansão do tórax.
-
Em casos raros, a inflamação dos pulmões causa falta de ar e a inflamação dos
olhos pode provocar uma diminuição da acuidade visual com olhos vermelhos e
dolorosos.
-
A dor e a rigidez na região lombosacra podem causar problemas na marcha.
TRATAMENTO
-
Entre os medicamentos indicados merecem destaque os antiinflamatórios
não-esteroidais, os analgésicos e os relaxantes musculares. A
sulfasalazina tem-se mostrado eficaz para retardar a evolução da doença.
-
O acompanhamento fisioterápico é fundamental para o portador da
enfermidade manter um programa de exercícios posturais e respiratórios, a
fim de fortalecer os músculos e favorecer a mobilidade das juntas.
FISIOTERAPIA
- Visa o controle dos sintomas inflamatórios, associado a um programa de
exercícios que mantêm e melhoram a mobilidade da coluna e a postura, minimizam
as deformidades e diminuem as incapacidades físicas.
- Os exercícios respiratórios
podem ajudar a manter a capacidade pulmonar.
- OBJETIVOS:
*
Diminuir
a dor / Rigidez / Fadiga
*
Minimizar
deformidades e incapacidades
*
Manter e
aumentar a mobilidade do tronco e das art. periféricas
*
Aumentar
a força muscular
*
Melhorar
ou manter as condições respiratórias e o condicionamento físico
*
Melhorar
a postura
*
Manter o
nível de capacidade funcional
*
Educar e
orientar o pcte
*
Melhorar
a qualidade de vida.
-RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS
A- TERMOTERAPIA
- Calor promove analgesia e relaxamento, reduz espasmos musculares,
levando a um aumento da flexibilidade muscular e de estruturas periarticulares,
e facilita a realização dos exercícios.
B- ELETROTERAPIA
- TENS é aceita como um método efetivo de controle da dor em doenças
agudas e crônicas. A TENS Burst promove um alívio da dor permanente de 2 a 18 horas.
C- MASSOTERAPIA
- É a técnica mais utilizada nas dores lombar e cervical, e é considerada
útil no tto da EA, graças ao efeito local(músculo) e central(relaxamento
psíquico). Resultando na diminuição da dor, facilitando a função.
D-
HIDROTERAPIA
- Provoca relaxamento e alívio da dor, facilitando os movs., melhorando
ou mantendo a ADM em geral;
- Facilita o alongamento para evitar contraturas e deformidades,
- Aumenta a força muscular, ajuda na respiração,
- Melhora o condicionamento cardiovascular, treino o equilíbrio.
E- CINESIOTERAPIA
- Exercícios Ativos
*
Melhoram
a postura e o estado geral do paciente;
*
Reduzem
o estresse e favorecem o sono
*
Melhora
a dor.
- Alongamento: Evitam as prováveis deformidades.
-Conscientização Postural
– Questionários
a) HAQ-s(Health Assessment Questionnaire for the Spondyloarthropathies): avalia
qualidade de vida; composto por 20 itens subdivididos em 8 categorias, cada
questão vale de 0 (sem comprometimento funcional) a 3 (tarefa incapacitante);
b) BASFI (Bath Ankylosing Spondylitis Functional Index): consiste
de 10 questões, sendo 8 associadas a atividades relativas à capacidade
funcional dos pacientes e 2 que avaliam a capacidade de integração do paciente
nas AVDs ; o indíce final, que varia de 0 a 10, é capaz de detectar a exarcebação e
remissão dos sintomas durante a terapia com antiinflamatórios não hormonal.
c) BASDAI – The Bath Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index): Consiste
em 6 perguntas, que avaliam 5 sintomas: fadiga, dor na coluna, dor e inflamação
articular(excluindo-se a coluna vertebral), àreas de dor e rigidez matinal. Quanto
maior a pontuação, maior é o grau da atividade de EA.
PROGNÓSTICO
As
pessoas com espondilite anquilosante geralmente apresentam períodos alternados
de melhoria e agravamento dos sintomas.
Com
o tratamento, os sintomas podem geralmente ser aliviados ou controlados, para
que o doente possa ter uma vida normal e produtiva. No entanto, mesmo com o
tratamento, o doente pode desenvolver problemas posturais e de mobilidade
permanentes.
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