CAUSAS
- Orgânicas: doenças, distúrbios físicos, fumo, excesso de algool, uso de drogas e uso de alguns medicamentos;
- Psicológicas: desavenças conjugais, medo de falhar, compulsão para agradar sexualmente o parceiro.
FISIOPATOLOGIA
DA RESPOSTA SEXUAL
- Fase do Desejo: regulada por mecanismos neuro-hormonais complexos que condicionam o interesse pelo sexo;
- Fase de excitação: depende de mecanismos vasocongestivos, responsáveis no homem pela ereção e na mulher pela lubrificação;
- Fase orgásmica neuromuscular: regulada pelos centros espinhais e cerebrais;
- Fase refratária: nenhum estímulo físico ou psíquico resulta eficaz.
MECANISMO
DE EXCITAÇÃO FEMININA
-
Estímulo;
-
Aumento da irrigação sanguínea;
-
Ereção clitoriana;
-
Aumento do volume da vulva;
-
Librificação vaginal;
-
Aumento da pressão arterial, freqüência cardíaca e freqüência respiratória.
ALTERAÇÕES
SEXUAIS FEMININAS
- Orgânicas: distensão perineal (episiotomia, fórceps, cirrugias, flacidez);
- Psicológicas: alteração da imagem corporal, medo do coito;
- Personalidade: ansiedade, fobias, fantasias;
- Experiências sócio-culturais: imagem da família, educação sexual, agressão.
DISFUNÇÃO
SEXUAL FEMININA
- Disfunção do desejo sexual:
-
Desejo sexual inibido (hipoativo): é a diminuição ou ausência total de
fantasias e de desejo de ter atividade sexual;
-
Aversão sexual: é o sofrimento causado pela premente necessidade de evitação de
oportunidade e de encontros sexuais com parceiros, devido a sensações de
desagrado. A aversão sexual é uma aversão
persistente e extrema a praticamente todo o tipo de atividade sexual, caracterizada
por medo e, por vezes, por ataques de pânico.
A aversão sexual ocasional ocorre nos homens, mas é muito mais frequente nas mulheres. A causa pode residir em traumas sexuais como o incesto, o abuso sexual ou a violação, uma atmosfera repressiva familiar, provavelmente ligada a uma prática religiosa muito rígida, ou dor durante as primeiras tentativas de relação sexual. A actividade sexual pode recordar à pessoa essa dor mesmo quando as relações já não são fisicamente dolorosas.
A aversão sexual ocasional ocorre nos homens, mas é muito mais frequente nas mulheres. A causa pode residir em traumas sexuais como o incesto, o abuso sexual ou a violação, uma atmosfera repressiva familiar, provavelmente ligada a uma prática religiosa muito rígida, ou dor durante as primeiras tentativas de relação sexual. A actividade sexual pode recordar à pessoa essa dor mesmo quando as relações já não são fisicamente dolorosas.
- Disfunção da excitação sexual:
-
Frigidez: Falta de desejo e de qualquer resposta sexual. Refere-se a mulheres que não demonstram nenhum interesse em sexo ou que ficam completamente "geladas" ao toque erótico.
- Disfunção do orgasmo:
-
Anorgasmia: A anorgasmia é a dificuldade em atingir o
orgasmo, mesmo que haja interesse sexual e todas as outras respostas
satisfatórias para a realização do ato. Ocorre com freqüência entre as
mulheres – estudos indicam que seria entre 50 e 70% dos casos. Ou seja, a
mulher aproveita as carícias e se excita, mas algo a bloqueia no
momento do orgasmo.
- Disfunções dolorosas:
-
Vaginismo: Caracteriza-se pela contração involuntária dos músculos de entrada
da vagina, provocando dor quando há penetração ou impedindo-a. Essa condição tem várias causas possíveis, incluindo trauma ou abuso
sexual no passado, fatores psicológicos ou um histórico de desconforto
com a relação sexual. Mulheres com diferentes graus de vaginismo muitas vezes desenvolvem
ansiedade com relação à relação sexual. A condição faz com que a
penetração seja difícil e dolorosa ou, até mesmo, impossível. No
entanto, isso não significa que a mulher não possa se excitar
sexualmente. Muitas mulheres podem ter orgasmos quando o clitóris é
estimulado.
-
Dispareunia: É a dor durante o ato sexual. A dor que ocorre durante a relação sexual
tem, na maioria das vezes, causas orgânicas. Os fatores psicológicos
também podem estar envolvidos. Nesses casos, pode haver associação com
trauma sexual prévio, sentimentos de culpa ou atitudes negativas em
relação ao sexo.
AVALIAÇÃO
A
avaliação da mulher deve ser realizada em ambiente discreto, se possível na
presença do parceiro, buscando transmitir segurança e empatia.
A
anamnese consiste no relato das situação afetiva e conjugal, das crenças
religiosas, dos conhecimentos e crenças sobre sexualidade, da história de vida,
da iniciação sexual, do estado mental e físico da paciente, e das doenças e
queixas associadas.
O
exame neurológico busca estudar a mobilidade voluntária, o reflexo anocutâneo e
clitoridiano, o automatismo do esfícter anal externo à tosse, a contração
reflexa à retirada do dedo e as sensibilidades dos territórios S2, S3 e S4.
TRATAMENTO
-
Exercícios perineias: para tonicidade da musculatura perineal, aumento da
irrigação sanguínea local e da capacidade sensória vaginal;
-
Exercícios pélvicos: habilidades musculares;
-
Bola suíça;
-
Terapia manual: propriocepção e educação da musculatura perineal, massoterapia;
-
Eletroterapia: estimulação proprioceptiva, reflexo muscular e efeito analgésico;
-
Biofeedback: aprendizado da contração e do relaxamento perineal, fortalecimento
muscular, efeito endorfínico;
-
Técnicas hipopressivas: estímulo do assoalho pélvico, restabelecimento das funções do abdome, órgãos
pélvicos e genitais.
- Anorgasmia/Disorgasmia: reeducação manual, eletroterapia, biofeedback, cones vaginais e técnicas hipopressivas
- Dispareunia: massagem perineal, eletroterapia, biofeedback, técnicas de relaxamento;
- Vaginismo: descoberta da anatomia, conscientização da musculatura perineal, eletroterapia e biofeedback manométrico;
- Pós-parto: massagem perineal, biofeedback e eletroterapia.
MATERIAIS
ACESSÓRIOS
- Cones vaginais:
- - Trabalho Passivo: cone de menor peso sem contração voluntária do assoalho pélvico;
- - Trabalho ativo: cone de maior peso com contração do assoalho pélvico.
- Bolinhas de Bem-Wa: trabalho passivo;
- Dispositivos de molas;
- Treino proprioceptivo;
- Dilatadores vaginais.
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